Continuar na zona de conforto ou se reinventar?

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A velocidade das mudanças na vida, na tecnologia, nos negócios e nas ofertas de alternativas dos negócios disruptivos, bem como nas aspirações dos clientes e na dinâmica do mercado de forma geral, faz com que as empresas devam estar atentas para que, nos momentos corretos, possam inovar ou mesmo se reinventar para garantir a sobrevivência no mercado.

Cada empresa que consegue atingir a maturidade passou pelos dois primeiros ciclos clássicos de evolução, ou seja, introdução e crescimento. É fundamental evitar o declínio, que é o quarto ciclo de vida das empresas.

Gráfico mostra ciclos empresariais

O ciclo de introdução corresponde a desenhar o modelo de negócio, elaborar o plano de negócio, localizar e locar ou comprar o ponto comercial, organizar as instalações da empresa, contratar e treinar os colaboradores, abastecer todo o estoque, elaborar o planejamento estratégico e o planejamento de marketing, divulgar a data da inauguração em diversos veículos de comunicação e iniciar as atividades e as operações. Obviamente nem todas as empresas seguem esses procedimentos básicos, o que tende a comprometer os demais ciclos de vida da empresa.

Já o ciclo de crescimento envolve as ações da empresa que começam a dar algum resultado financeiro positivo. É interessante que os empreendedores de primeira viagem entendam que esta fase leva algum tempo, dependendo do modelo de negócio, da localização e das ações efetivas de planejamento e de marketing implementadas no ciclo de introdução. Esse período é quando a empresa começa a ser conhecida pelo mercado e também pelos consumidores que se tornam clientes.

Já no ciclo de maturidade, a empresa consegue se pagar e efetivamente apresentar resultados. Os clientes já são fiéis e, nessa etapa, a empresa consegue conquistar uma boa fatia do mercado. É importante destacar que essa fase pode durar longas décadas, mas também pode durar apenas alguns anos ou meses. Toda atenção é fundamental para saber o momento de evitar o declínio. O grande risco, nessa etapa, é a acomodação na zona de conforto.

De uma forma geral, as empresas podem se aproximar ou mesmo entrar no ciclo de declínio. E isso pode acontecer por vários fatores: quando seus produtos e serviços se tornam ultrapassados pela concorrência; quando há mudanças tecnológicas alternativas aos produtos ou serviços; quando ocorrem fatores externos envolvendo o local onde a empresa está instalada; quando o setor ou segmento atinge níveis insuportáveis de concentração; quando a concorrência predatória atinge níveis inviáveis de competição; quando novos entrantes introduzem modelos de negócios disruptivos etc. Nesse ciclo, a inovação do concorrente pode estar sendo lançada antes da inovação da sua empresa. A solução é reagir. Mas, mesmo antes de ser obrigado a reagir, o empresário deve estar atento às mudanças, tendências e possibilidades do mercado, de forma a atuar preventivamente.

A parábola descrita no clássico livro “Quem mexeu no meu queijo”, do autor Spencer Johnson, descreve bem essa situação em que o empresário, representado na parábola pelos ratinhos, “não percebe que o seu queijo está mofando”e, com isso, não inova, não busca outras alternativas para superar dificuldades de forma a evitar o declínio da empresa.

As causas dessa inércia são várias: a falta de uma análise adequada da gestão financeira; a falta de inovação em produtos e serviços; a falta de observância e análise das tendências do mercado; o medo de crescer; a acomodação retratada pela célebre frase “sempre fiz assim, não é agora que vou mudar”.

Para aqueles que não estão parados do tempo, existem muitas alternativas para a saída da zona de conforto antes que a empresa entre efetiva e irremediavelmente no ciclo de declínio, são elas: introduzir inovações nos produtos, serviços e até, se for o caso, no modelo de negócio; buscar parcerias, como associações em rede; escalar, por meio de abertura de filiais, em locais mais promissores; modelar a própria franquia; entre outras.

Empresa deve sempre evitar o ciclo do declínio

Porém, é sempre bom ressaltar que esses possíveis movimentos da empresa devem ser sempre precedidos por alguns cuidados básicos e, para isso, o empresário deve responder a algumas questões reflexivas:

– Estou realizando melhorias contínuas naquilo que já faço bem-feito?  

– Consigo identificar o que não está indo bem na gestão? E estou implantando ações de correção?

– Consigo identificar o que ainda não faço e já poderia estar fazendo como benefício ao cliente e ao negócio como um todo?

Superadas essas três etapas, tendo os processos desenhados e alinhados ao modelo de negócio, equipe treinada, supervisão atuante e planejamento estratégico e de marketing sendo corretamente implementados, gestão financeira, estoque e vendas integrados por meio de sistema de gestão que garanta correta análise e tomada de decisão, é possível implantar ações para evitar o declínio da empresa.

Obviamente, nem todos os empresários conseguem dar esses passos sozinhos. Nesse caso, a contratação de consultoria especializada se faz necessária. Pense nisso, procure fazer um diagnóstico da sua empresa. Analise os fatores internos e o mercado. Envolva os colaboradores nessa análise. Procure ajuda. Não fique na zona de conforto.

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