Dados preliminares divulgados pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstroZeneca na última segunda-feira (23) mostram que houve um erro no cálculo da dosagem administrada em uma das duas aplicações da vacina nos pacientes que estão participando dos testes. A informação foi publicada pelo portal da revista Exame na manhã desta quinta-feira (26).
Erro no cálculo da dosagem
Até o momento, a vacina havia apresentado uma eficácia de até 90% quando administrada em meia dose na primeira aplicação e com dose completa na segunda, um mês depois. A forma de administração gerou dúvidas entre analistas e na comunidade científica e, em seguida, veio a confirmação de que a meia dose foi um erro.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, Menelas Pangalos, executivo responsável pela área de pesquisa e desenvolvimento da AstraZeneca, confirmou que a administração da dose não foi intencional, mas sim um erro no cálculo da dosagem.
Novos testes
Pangalos afirmou, contudo, que o erro pode ser útil: “Ninguém foi colocado em perigo. Foi um erro de dosagem. Todo mundo estava se movendo muito rápido. Corrigimos o erro e continuamos com o estudo, sem mudanças na pesquisa, e concordamos com os reguladores que incluiríamos esses pacientes na análise do estudo”.
Para ele, a administração da dosagem de forma incorreta é “totalmente irrelevante”, visto que a “eficácia ainda atende aos limites para a aprovação de uma vacina”, definido pelos Estados Unidos como 50%. O regime com duas doses completas administradas com um intervalo de um mês revelou uma eficácia de 62%. Já o regime de meia dose deve ser testado nos Estados Unidos, com mais de 30 mil voluntários.
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