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CFF se posiciona sobre uso de cloroquina e hidroxicloroquina

CFF se posiciona sobre cloroquina e hidroxicloroquina

Foto: Dráuzio Varella/UOL

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou, na última terça-feira (31/03), uma nota em seu site oficial sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes graves com a Covid-19.

O texto foi escrito pela farmacêutica, mestre e doutoranda em Saúde Pública na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Thais Piazza de Melo, e revisado por diversos outros profissionais pós-doutores e pesquisadores.

Tópicos da nota

A nota começa relembrando a autorização que a Anvisa deu no dia 27 de março ao Hospital Israelita Albert Eintein para avançar nas pesquisas com a hidroxicloroquina, em busca da cura da Covid-19. Nesse mesmo dia, o Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde publicou a Nota Informativa nº 5/2020 sobre o uso da cloroquina como terapia adjuvante no tratamento de pacientes com formas graves da doença.

Entretanto, o CFF reitera que os dois órgãos informaram que ambos os medicamentos são usados no tratamento de doenças como lúpus eritematoso, malária e artrite e que, além disso, não evitam que as pessoas fiquem doentes por coronavírus.

O Conselho explica que o uso dos medicamentos em pacientes internados com teste positivo para coronavírus ainda não tem uma conclusão definitiva, já que está nos estágios iniciais dos estudos. “Portanto, esse uso se justifica apenas com prescrição e supervisão médica, com acompanhamento de profissionais de saúde, dentro de hospitais, como parte de um protocolo de pesquisa”, informa o texto publicado.

Alerta para possíveis efeitos adversos

Outro ponto abordado na nota foi o acontecimento de possíveis efeitos adversos, quando os medicamentos geram problemas. Segundo o CFF, os riscos são ainda maiores para medicamentos que precisam de prescrição médica, como a hidroxicloroquina e cloroquina.

Alguns dos efeitos são problemas na visão, convulsões, insônia, diarreias, vômitos, alergias graves, arritmias e até parada cardíaca. Além disso, os medicamentos podem alterar o efeito de outros medicamentos que a pessoa possa estar usando. Por isso, é importante usá-los sempre com acompanhamento médico.

Medidas efetivas de combate ao coronavírus

O Conselho defende as medidas de prevenção fundamentadas em evidências científicas disponíveis neste momento, levando em consideração as ações adotadas pelo Centro de Operações de Emergências (COE) Coronavírus, do Ministério da Saúde. Por fim, reitera as medidas preconizadas mundialmente para evitar o contágio da Covid-19, como o isolamento social.

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