A Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) publicou um alerta sobre o aumento do número de casos de infarto e AVC durante a pandemia da Covid-19. Dados da entidade mostram que houve uma queda de 50% no atendimento aos pacientes com doenças do coração por conta do medo de sair nas ruas.
Sete em cada dez pessoas que faleceram no Brasil em decorrência da Covid-19 tinham mais de 60 anos e apresentavam pelo menos um fator de risco entre doenças do coração, do pulmão ou diabetes. Por isso, mesmo com o medo de buscar atendimento médico, é fundamental para os pacientes manter o tratamento das doenças citadas.
Tratar doenças pode ajudar em caso de infecção
A entidade dá o exemplo de um AVC em pacientes com fibrilação atrial, ou seja, batimentos irregulares do coração que deixam o paciente mais vulnerável à formação de coágulos sanguíneos que causam o derrame. Ter a doença controlada pode prevenir o desenvolvimento de um quadro mais grave de Covid-19 caso haja contaminação.
O infarto e a trombose também poder ser fatais sem atendimento rápido, afinal o primeiro é a principal causa de morte no Brasil e é gerado pela grande quantidade de placas de gordura nas artérias do coração.
Comprovação por estudos
Especialistas têm percebido que o coronavírus pode causar alterações neurológicas e provocar a formação de microcoágulos nos vasos sanguíneos. Há relatos inclusive de pessoas jovens e saudáveis que tiveram AVC e, depois, o diagnóstico de Covid-19.
Os dados têm alterado até mesmo o protocolo de atendimento em alguns hospitais, que encorajam a testagem de coronavírus em pacientes que chegam com sintomas de AVC.
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