[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female” rate=”1.0″ buttontext=”Escutar o artigo”]
Mesmo com a proximidade territorial, os países da América Latina possuem muitas diferenças em relação ao varejo farmacêutico. É o que ficou evidenciado na 1ª Conferência LATAM do Mercado Farmacêutico, organizado pela Febrafar em parceria com a Close-up e a Abradilan.
1ª edição do evento
O evento reuniu os 200 principais nomes da indústria e do mercado para debater e traçar um panorama do varejo farma na região. Realizada nos dias 8 e 9 de agosto, em São Paulo, a conferência reuniu representantes do Brasil, México, Bolívia, Equador, Peru, Chile e Argentina.
Foram discutidos assuntos como modelo de atendimento e produtos oferecidos, modelo de distribuição, a possibilidade de marcas próprias de medicamentos para redes, e-commerce e modelo de pagamento de medicamentos.
“Foi apenas a primeira edição da Conferência LATAM, mas foi inovador. Ampliamos muito a visão sobre o mercado farmacêutico, possibilitando aos participantes uma ampla análise de realidades distintas. Isso possibilitou a troca de experiências e o desenvolvimento de novas soluções para o crescimento desse importante mercado”, analisou Edison Tamascia, presidente da Febrafar.
Logística da distribuição
Paulo Paiva, vice-presidente da Close-up, participou do evento e destacou que o setor de logística enfrenta grandes desafios todos os dias. Ele fala também sobre a importância de se investir na descentralização e na inovação.
“Nós temos 8,1 bilhões de unidades distribuídas no Brasil, são 95.926 farmácias em 5.539 cidades e temos o mercado de distribuição dividido na seguinte forma: distribuidores nacionais, regionais e hospitalares”, comentou.
Os distribuidores nacionais são os grandes grupos econômicos, com presença em todos os estados brasileiros e que atendem farmácias, hospitais e outros segmentos. Os regionais são pequenos e médios grupos espalhados pelo País, sendo regionalizados e defendendo as farmácias independentes. Já os hospitalares têm como foco o atendimento de clínicas e hospitais.
“No momento, a maior rede de País tem 14% do mercado e o maior distribuidor tem 30%. E o distribuidor enfrenta muitos desafios, como o aumento diário do número de farmácias; a diversidade de produtos que as farmácias exigem; além da concorrência. Algumas redes fazem a compra direta e, portanto, compram menos do distribuidor. Felizmente, existem associações, como a Abradilan, que incentivam a relação entre distribuidor e varejo”, afirmou Paiva.
Abradilan no mercado
Segundo Jony Sousa, presidente da Abradilan, são feitas mais de 50 mil entregas por dia, com mais de 4,5 mil veículos, que trabalham 24 horas na maioria das cidades brasileiras: “Todos os dias separamos 4,3 milhões de unidades e estamos presentes em 95% das farmácias, mais fortemente nas pequenas e médias”.
A maioria das associadas são empresas regionais – são 157 distribuidores e 75 grupos econômicos. “Somos distribuidores locais. A Abradilan tem 750 m² de centros de distribuição espalhados em todo o País, mais de 17 mil colaboradores e nove mil somente na equipe comercial”, explicou Sousa.
O executivo destacou que a maior atuação da entidade é no mercado de medicamentos genéricos e similares, onde detém 30% do mercado total.
Veja também: Encontro Farmarcas movimenta o varejo farmacêutico