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Pesquisa analisa o comportamento de consumidores em farmácias de todo o País

Pesquisa analisa o comportamento de consumidores em farmácias de todo o País

Foto: Divulgação, Stock

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC), em parceria com a Unicamp, apresentou números que demonstram queda no ticket médio das farmácias. Em 2021 e 2022, o cliente gastava, em média, R$ 54,01 e R$ 43,71 em cada compra. Em 2023, o ticket médio caiu para R$ 41,99. Significa que as pessoas estão comprando menos? Não necessariamente. A pesquisa também mostrou que, em contrapartida, 42% dos entrevistados declararam que aumentaram a frequência de compras, ou seja, estão gastando menos em cada compra, porém estão indo mais vezes à farmácia.

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Os dados fazem parte de uma análise comportamental muito mais completa, que constatou também a origem de compra: cerca de 68% delas ocorrem devido a uma prescrição médica, ainda que nem todos os consumidores portem uma receita no momento da compra.

Segundo Valdomiro Rodrigues, coordenador no IFEPEC, a Unicamp adotou a metodologia de entrevista individual semiestruturada, que permite entender o motivo das escolhas, preferências e objeções dos consumidores das farmácias. “O questionário teve consistência lógica e possibilitou que as respostas fossem passíveis de comparação, e as perguntas foram simples, de fácil entendimento e não foram utilizados enunciados complexos”, explica.

O levantamento do IFEPEC trouxe diversas outras informações importantes sobre o perfil de compra do consumidor nas farmácias. A pesquisa indicou que 31,1% dos shoppers afirmaram ter realizado alguma forma de pesquisa de preços em outras farmácias antes de efetuar sua compra. Em 2022, esse percentual era de 15,3%. A busca pelo menor preço aconteceu tanto na forma presencial quanto pela internet. E esse resultado demonstra que o preço do produto ainda é o principal fator de decisão do consumidor. Entre outros fatores que interferem na escolha da farmácia estão localização (10,25%), estoque (3,40%) e Farmácia Popular (2,15%).

Os dados mostraram ainda que 82,3% dos clientes tiveram êxito nas compras e conseguiram adquirir os produtos desejados. Já 17,7% dos consumidores entrevistados afirmaram que deixaram de adquirir algum item, principalmente devido a dificuldades financeiras (61,8%). A ruptura, ou seja, a falta do produto foi indicada por 36,2% dos consumidores pesquisados.

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Outro dado interessante apontado pela pesquisa do IFEPEC é o troca do medicamento. Mais de 90% dos pesquisados disseram não trocar a indicação médica, demonstrando que os consumidores chegam à farmácia decididos sobre o que vão levar para casa. E quando a troca acontece é para economizar (86,5%).

A compra de medicamentos de forma não presencial também cresceu, subindo de 16,8% para 24,8%, e os canais incluem telefone, internet e aplicativo. O principal canal de venda a distância é o aplicativo WhatsApp, citado por 50,1% dos entrevistados e seguido do telefone (37,4%), aplicativo (6,3%), internet (3,9%) e marketplace (2,2%).

Com o crescimento de vendas em ambientes digitais, o público está se acostumando a comprar mais vezes de maneira on-line. A pesquisa mostrou, inclusive, um rápido avanço no percentual de consumidores que costuma comprar em outros segmentos pela internet, saltando de 11,2%, em 2021, para 31,2% dos entrevistados, em 2023.

Os programas de fidelidades foram citados na pesquisa. Os dados mostram que 92,5% dos consumidores entrevistados, em 2023, estão participando e usufruem benefícios desses programas. Já em 2022, esse percentual era menor: 86,6%.

“A tomada de decisões é sempre complexa para os empreendedores, mas torna-se muito menos arriscada quando é embasada em dados. Esse fato mostra a importância dessa pesquisa, que traz um retrato real do comportamento dos consumidores no varejo farmacêutico nacional”, disse Edison Tamascia, presidente da Febrafar.

A Pesquisa sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil – Edição 2023 entrevistou cerca de 4 mil consumidores em porta de loja em todas as regiões brasileiras. E o índice de confiança é 99%, com 2% de margem de erro.

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