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Um levantamento feito pela farmacêutica Organon apresentou um raio-x das usuárias de pílulas anticoncepcionais no Brasil. Realizada com 1.005 mulheres, a pesquisa mostrou que três em cada dez usuárias possuem alguma comorbidade. A endometriose foi uma das patologias mais citadas por elas. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a doença atinge uma a cada dez brasileiras.
Dor pélvica e desconforto na relação sexual são sintomas da endometriose. Aproximadamente 30% a 50% dos casos de infertilidade têm relação com a doença. Na tentativa de reverter esse quadro, a Organon adquiriu recentemente a Forendo Pharma, focada no desenvolvimento de novos tratamentos para a saúde da mulher. Dentre eles, um para endometriose.
“Apesar da alta ocorrência de endometriose, as opções atuais de tratamento não estão abordando adequadamente os sintomas dolorosos e desafiadores das mulheres que vivem com esse transtorno”, explica Sandra Milligan, chefe global de Pesquisa & Desenvolvimento da Organon.
O tratamento já está em fase de avaliação da segurança do medicamento, iniciando a análise da eficácia ainda em um número restrito de pacientes. Trata-se do desenvolvimento do FOR-6219, inibidor da 17B-hidroxisteróide desidrogenase oral tipo 1, enzima que provoca elevação do estradiol, hormônio responsável pelo crescimento do tecido endometrial.
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