Na última segunda-feira (9/11), o portal G1 noticiou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu temporariamente os testes da vacina CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac. Segundo a Agência, a interrupção foi determinada por conta de um efeito adverso grave, embora não tenha dado informações mais específicas.
De acordo com o jornalista da GloboNews José Roberto Burnier, o falecimento de um dos voluntários, de 33 anos e sem comorbidades, não foi causado por doença respiratória.
Sinovac se posiciona
Nesta terça-feira, a Sinovac publicou um comunicado informando que está confiante na segurança da vacina contra a Covid-19, e afirmou que ficou “sabendo que o chefe do Instituto Butantan acreditava que esse evento adverso grave não teve relação com a vacina”.
A farmacêutica falou ainda que o estudo clínico de fase 3 no Brasil é realizado estritamente de acordo com os requisitos do GCP (Good Clinical Practice, ou boas práticas clínicas, na tradução).
Butantan estranha decisão
Dimas Covas, diretor-geral do Instituto Butantan (parceiro da Sinovac na produção da vacina), afirmou que recebeu com estranheza a notícia da suspensão temporária dos testes, pois se trata de “um óbito não relacionado à vacina” e, portanto, “não existe nenhum motivo para interrupção do estudo clínico”.
Covas explica que são mais de dez mil voluntários e que, por isso, podem acontecer óbitos por diversas situações, como por exemplo acidentes de trânsito, ou seja, não relacionados à vacina, como foi o caso ocorrido.
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