A Universidade Federal de Sergipe (UFS), em parceria com outras universidades brasileiras, está mapeando a circulação do novo coronavírus em pessoas que não apresentam sintomas relativos à doença.
À frente do projeto está Lysandro Borges, farmacêutico, professor de Imunologia Clínica da UFS, doutor em Bioquímica Toxicológica e especialista em Análises Clínicas. Ele explica que o objetivo é demonstrar a soroprevalência da doença no estado: “É um projeto que não faço sozinho. Eu e mais seis pesquisadores do campus de Itabaiana e Lagarto nos unimos nessa força tarefa para fazer então o inquérito de soroprevalência de Covid-19 no estado do Sergipe”.
Execução da pesquisa sobre Covid-19
Para fazer a estimativa da prevalência, foram coletadas 3.047 amostras de sangue em dez municípios. A segunda fase, que está em andamento, conta com a coleta de sangue de profissionais da saúde que atuam na linha de frente e também de garis, segurança pública e outros serviços essenciais.
Borges também revelou que, com o resultado da pesquisa, os gestores públicos terão subsídios para adotar políticas públicas de combate à pandemia. Segundo o estudo, 11% da população possui anticorpos reagentes para o novo coronavírus e 6,5% estão em fase de recuperação da doença.
“De cada 100 pessoas em Sergipe, onde existem cerca de dois milhões de habitantes, em torno de 11 já tiveram contato com a Covid-19. E de cada 100 quase sete já estão em recuperação, com anticorpos de memória”, explica Borges.
Apoio de instituições
O projeto recebeu investimento de R$ 1,8 milhão do Ministério Público do Trabalho do Sergipe, da MPF e da MPE. Além disso, conta com o envolvimento de instituições como Instituto Adolfo Lutz e professores e estudantes dos cursos de Farmácia, Medicina, Nutrição e Odontologia de 15 universidades, como a Universidade de São Paulo, as Federais de Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e da Fronteira Sul.
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