As primeiras 120 mil doses da CoronaVac, vacina chinesa contra a Covid-19, chegaram na manhã desta quinta-feira (19) a São Paulo. O imunizante foi trazido em um voo da China e recebido no Aeroporto Internacional de Garulhos pelo governador João Doria (PSDB), pelo diretor do Instituto Butantan Dimas Covas e pelo secretário estadual de Saúde Jean Gorinchtey. A notícia foi publicada pelo portal de notícias G1.
Acordo com Sinovac
Esse é o primeiro lote das 46 milhões de doses acordadas entre o governo do Estado de São Paulo e o laboratório Sinovac. A parceria prevê ainda a transferência de tecnologia para o Instituto Butatan. A previsão é que até o final de dezembro deste ano 6 milhões doses sejam enviadas a São Paulo. A vacina, contudo, ainda precisa ser autorizada pela Anvisa, o que só poderá acontecer após a conclusão da fase de testes clínicos.
Aprovação da Anvisa
Dimas Covas comemorou a chegada do lote e disse que os testes clínicos da CoronaVac estão avançados. A expectativa é enviar os resultados da fase 3 dos estudos para aprovação da Anvisa ainda em 2020.
“Ficamos, portanto, só no aguardo do registro da Anvisa. É a primeira vacina que aporta em solo nacional. Isso é importante: o Brasil já tem a sua vacina, que vai estar aguardando os trâmites junto à Anvisa e junto ao Ministério da Saúde para poder iniciar o programa de vacinação. E esperamos que comece em meados de janeiro, no máximo até fevereiro, e aguardamos as definições do Ministério da Saúde”, declara o diretor do Butantan.
Eficácia da CoronaVac
Em artigo publicado na revista científica The Lancet na terça-ferira (17), a Sinovac mostrou os resultados do estudo realizado com 743 pacientes. Nele, a vacina apresentou segurança e resposta imune satisfatórias durante as fases 1 e 2 de testes.
Os participantes eram adultos saudáveis de 18 a 59 anos e receberam o placebo ou duas doses da vacina – uma mais baixa, de 3 microgramas, e a outra de 6 microgramas. A resposta dos anticorpos foi induzida no prazo de 28 dias após a primeira imunização. O efeito colateral mais comum foi dor no local da injeção.