A primeira Super Sessão do Abrafarma Future Trends, evento organizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) para discutir as principais tendências do varejo farmacêutico, aconteceu nesta segunda (13/9) novamente de forma totalmente online. Este ano, a temática principal do evento é “Inovação e foco no cliente: a farmácia pós-pandemia”, abordando as mudanças que ocorreram nas farmácias em decorrência da pandemia do novo coronavírus e as lições aprendidas com a situação.
Abertura do Future Trends
Na abertura do evento, que ocorre durante toda esta semana, Sérgio Mena Barreto, CEO da entidade, atualizou o público com os últimos dados das farmácias brasileiras que fazem parte da Abrafarma. Até o mês de agosto, foram realizados mais de 14 milhões de atendimentos nas 4.238 farmácias que possuem salas e consultórios farmacêuticos. Ao todo, são 14 mil farmacêuticos e mais de 27 mil profissionais prestando serviços de saúde em todo o Brasil.
Em relação à testagem da Covid-19 e ao acompanhamento dos pacientes, os números também são impressionantes: mais de 10 milhões de testes rápidos foram realizados em um ano e meio e, a cada dez pessoas atendidas, uma foi encaminhada ao atendimento médico.
Além de Sérgio, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga participou da abertura do evento falando sobre o combate à Covid-19 no Brasil. Segundo ele, até o fim de 2021, mais 600 milhões de doses de vacinas estão garantidas à população: “O Brasil está entre os países que mais avançam na vacinação. Atualmente, 137 milhões de brasileiros já receberam, pelo menos, a primeira dose, enquanto 72 milhões de pessoas completaram o esquema vacinal”.
Palestra internacional
A palestra do dia foi de Scott Langdoc, líder global da cadeia de varejo farmacêutico da Amazon Web Services (AWS), que trouxe a perspectiva de que as inovações digitais surgidas durante a pandemia definirão as empresas líderes no mundo pós-Covid.
“Entre as principais tendências advindas da pandemia estão a digitalização dos serviços de saúde, a telemedicina, a personalização e a consequente ampliação do relacionamento nas lojas. Mais inteligência preditiva dos estoques, funcionários, preços e automação também serão fundamentais”, revela Scott.
O estadunidense disse que as empresas que desejarem seguir neste universo digital deverão ter a jornada de consumo do cliente bem definida, tendo em mente que a personalização do serviço é essencial e deve ser acompanhada de uma boa experiência. Dessa forma, conseguirão alcançar bons resultados. Novas estratégias de governança, cultura e organização, bem como a automação dos processos, deverão ser estruturadas pelas empresas.
Painel do Conselho Administrativo
Após a palestra, quatro membros do Conselho Diretivo da Abrafarma se reuniram para discutir essas transformações: Modesto Araújo, CEO da Drogaria Araújo; Marcelo Cançado, diretor administrativo da Rede Drogal; Leandro Pereira, diretor da A Nossa Drogaria; e Eugênio de Zagottis, VP da RaiaDrogasil.
Os quatro executivos afirmaram que a pandemia serviu para equilibrar quatro agendas: crescimento do número de lojas, transformação digital acelerada, segurança dos ambientes físicos e digitais e eficiência interna das companhias e dos custos.
“O primeiro desafio da pandemia foi o de adaptação, ter que aprender a operar em um mundo de home office e isolamento social, reconfigurar a farmácia pra atender a todos. A farmácia sai em um cenário muito diferente, com varejo moderno e informatizado e se estabelecendo como ponto forte e inicial de saúde”, afirmou Eugenio.
Além disso, muitas formas de venda que não eram mais tão utilizadas voltaram a ganhar força, como é o caso das lojas de bairro e do delivery: “Houve uma mudança de ritmo no setor, e não apenas uma onda de transformação. Ao mesmo tempo em que é uma oportunidade, nos faz questionar onde conseguimos chegar”.
Acompanhe durante a semana a cobertura completa da Revista da Farmácia sobre o Future Trends 2021.
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