No dia 5 de novembro de 2019, o programa É De Farmácia recebeu a presença da farmacêutica da Farmácia do Leme, Mariana Fischer, para dar dicas de como implementar o consultório farmacêutico no estabelecimento e conquistar bons resultados.
Educação contribui para qualidade do consultório
Mariana, que é farmacêutica há sete anos e, desde o ano passado, está à frente da Farmácia do Leme, tem especialização em Farmácia Clínica Oncológica, Farmácia Hospitalar e, agora, está começando uma em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica.
Esse conhecimento contribui na atuação da farmacêutica no consultório, fazendo com que ela saiba lidar com as situações adversas que acontecem, com a equipe e com os serviços fornecidos de uma forma visionária e mais profissional.
“Esse trabalho é motivacional e muito desafiador porque é uma escola. Por mais que a gente ache que sabe bastante, estamos aprendendo no dia a dia. Você está sempre pesquisando e aprendendo para oferecer ao cliente/paciente um atendimento melhor”, diz Mariana.
Com a qualidade da assistência farmacêutica, o público acaba se fidelizando e voltando para fazer o acompanhamento do tratamento.
Farmácia é estabelecimento comercial ou de saúde?
Muitas pessoas se questionam se as farmácias são um estabelecimento comercial ou de saúde. Na visão da farmacêutica, a resposta são as duas coisas, como acontece na Farmácia do Leme. “A farmácia é bem ampla em termos de equipe, de espaço e de conscientização sobre o assunto, o que acaba transparecendo para os clientes, que passam a respeitar a farmácia como tal”.
Envolvimento da equipe com o consultório farmacêutico
Mariana revela que existe toda uma movimentação em prol da assistência farmacêutica. Por isso, todos os balconistas têm o conhecimento de aplicação de injetáveis, o que possibilita no suporte do trabalho. “O resto da equipe cria um respeito muito grande, e a maioria, como é leiga em assuntos farmacêuticos, acaba se interessando até em fazer a graduação”, conta.
Na Farmácia do Leme, são 64 funcionários ao todo, sendo três farmacêuticos com especialização em Farmácia Clínica e seis técnicos de injetáveis atuando diretamente com o consultório.
Auxílio de plataformas é essencial
Mariana revela que, toda vez que o cliente da farmácia entra no consultório, ele se torna um paciente. E, com a ajuda do sistema de gestão do consultório, é possível fazer uma ficha para cada um deles com todas as informações necessárias para realizar o melhor atendimento.
“É possível ajudar no acompanhamento médico. Por exemplo, quando o paciente é hipertensivo e está sempre com a gente, posso enviar todo o histórico dele para o cardiologista, dando uma base para esse médico”, explica a farmacêutica.
Fatores que contribuem para o sucesso do consultório
Além da profissionalização da equipe envolvida, é preciso que todos gostem de trabalhar com isso – é preciso ter paciência e saber lidar com todos os tipos de pessoas. “Muita gente contextualiza coisas pessoais dentro do consultório e nós devemos lidar com isso de forma ética e profissional”, afirma Mariana.
A apresentação do espaço também é muito importante. “A pessoa precisa ter certeza de que vai encontrar saúde dentro da farmácia”, diz a farmacêutica.
Quanto à cobrança dos serviços oferecidos, Mariana concorda com ela. “Com o tempo, o cliente começa a entender e até pagar com gosto. No entorno da Farmácia do Leme, existem algumas farmácias que não cobram, mas o cliente chega falando que prefere pagar porque é bem tratado e sente segurança”.
Atendimento na Farmácia do Leme
A farmacêutica conta que, em média, são realizados de 25 a 30 atendimentos diários no consultório do estabelecimento. Desses, 90% têm de 70 a 80 anos de idade, mas a equipe está pronta para ajudar, também, a mãe que chega apreensiva para furar a orelha do filho recém-nascido, o turista e qualquer outro tipo de cliente. “A farmácia precisa conhecer o público que está no seu entorno para melhor atendê-lo”, afirma.
Ela conta ainda que o maior desafio de realizar esse atendimento é contextualizar e se ajudar para poder fazer isso pelo cliente. “A gente tem que saber, tem que olhar. Se chegar alguém falando de um medicamento novo, vamos procurar saber e estudar. Para poder dar certo, tem que estar se atualizando sempre”, finaliza Mariana.
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