A Ultragenyx Brasil Farmacêutica realizou, na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), a segunda etapa da submissão do dossiê que solicita a incorporação do medicamento burosumabe no Sistema Único de Saúde (SUS). O produto auxilia pacientes com raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X (XLH) em adultos e crianças acima de um ano.
O diretor executivo e gerente geral da companhia, Edson Paixão, explica com mais detalhes: “O XLH é uma doença grave e progressiva. O burosumabe é a única opção de tratamento específico para pacientes com XLH. A formalização do pedido de incorporação do burosumabe na rede de saúde pública evidencia o nosso compromisso com toda a comunidade de pacientes”.
Como funciona a terapia
A terapia age de forma precisa e proporciona melhoras significativas na qualidade de vida do paciente ao mudar o curso da doença: “O tratamento busca aumentar a reabsorção de fosfato nos rins e a produção da forma ativa da vitamina D. Existem estudos que sustentam os benefícios clínicos da terapia para os pacientes”, revela Daniel Garcia, diretor médico da farmacêutica.
Avaliação da Conitec
De acordo com a Lei Federal nº 12.401/2011, que regulamenta o processo de avaliação e incorporação de tecnologias no SUS, a Conitec tem um prazo de 180 dias para avaliar o dossiê de incorporação, mas o prazo pode ser prorrogado por 90 dias.
Ainda deverá ocorrer uma consulta pública (CP) para que a sociedade civil opine sobre a inclusão da tecnologia no SUS. Ao fim, a recomendação da Comissão é publicada no Diário Oficial da União (DOU) e ratificada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE).
Caso as entidades optem pela incorporação, serão necessários 180 dias para que a terapia seja disponibilizada aos pacientes pelo SUS. O tempo é contado a partir da data de publicação no DOU.
O XLH
O raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X é uma doença crônica causada pela deficiência de fosfato, essencial para a formação de ossos e dentes, composição do DNA e produção de energia no organismo.
Tem origem genética, e geralmente é passado do pai afetado pelo XLH para as filhas. Caso seja a mãe afetada pela doença, existe 50% de chance de passar para os filhos ou filhas. Entre os principais sintomas, estão deficiência de crescimento, alterações dentárias, alargamento dos punhos, joelhos.
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