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Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e pelo Instituto Datafolha em maio deste ano mostra o comportamento dos brasileiros que compram produtos emagrecedores. Ao todo, foram 2.086 entrevistados, todos maiores de 16 anos.
Registro da Anvisa
Menos de 5% dos consumidores apontam, como fator de escolha, o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para a maioria (54%), a oferta de resultado rápido pesa mais, ainda que esse tipo de propaganda seja proibido pelo órgão regulador.
No ato da compra, a checagem da regularidade do fabricante é desconsiderada por 48%, e a do produto por 51%. Aproximadamente 70% nem verificam se existe número de registro na embalagem.
Produtos mais procurados
Do total de participantes da pesquisa, 24% já utilizaram algum dos produtos emagrecedores, enquanto 5% consideram utilizar. Os “chás emagrecedores” são os mais comuns (19%) entre as substâncias avaliadas, seguidos dos suplementos alimentares (9%), fitoterápicos (9%) e alopáticos (6%).
Das 114 pessoas que declararam utilizar medicamentos alopáticos, a maioria (54%) tinha receita e adquiriu os produtos em farmácias, seja virtual ou física (63%). Mas 15% os obtiveram por meio de amigos, 12% por meio de sites e 10% nas redes sociais.
Na parcela que optou por chás e suplementos alimentares, 34% admitiu seguir indicação de conhecidos, enquanto 18% foram impactados pelas redes sociais. Apenas 17% seguiram orientação de um médico e 35% compraram em farmácias.
Já entre as pessoas que optaram pelos fitoterápicos, 71% admitem não ter receita na hora da compra. A maioria da aquisição desse tipo de produto foi feita em farmácias (42%) e cerca de 20% relatam ter sentido efeito adverso ou indesejado, como dor de cabeça e náuseas, diarreia, tonturas, insônia e perda de peso.
Necessidade de prescrição médica
O presidente do CFF, Walter Jorge João, lembra que as substâncias podem ser usadas apenas com indicação de profissional de saúde habilitado e desde que os produtos tenham registro, estejam regulares e sejam adquiridos em estabelecimentos licenciados e em dia com as normas sanitárias.
Ao comprar os medicamentos, sejam eles fitoterápicos, alopáticos ou até mesmo suplementos alimentares, o cidadão tem maior garantia de que os produtos sigam as normas vigentes. “A procedência e a orientação são essenciais para a segurança e o bom resultado dos tratamentos”, complementa Walter Jorge João.
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