O valor do reajuste dos preços dos medicamentos, em 2019, ficou definido em 4,33%. A publicação no Diário Oficial da União foi feita na última sexta-feira (29), pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Esse reajuste é calculado por indicadores como inflação, oscilações cambiais e preço da energia elétrica, podendo ser aplicado em, aproximadamente, 13 mil medicamentos disponíveis para compra em todo o País.
Entretanto, segundo o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini, a implementação do reajuste não significa necessariamente que os preços subam automaticamente. “Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”, comenta Nelson.
Em 2019, o percentual ficou acima do valor da inflação de 2018, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que correspondeu a 3,75%. O valor foi muito acima do que o do ano passado, que correspondeu a 1,63%, segundo dados do Sindusfarma.
A entidade afirmou que essa diferença se deu pelo fato de o setor de farmácia ter mantido os preços e não ter repassado o reajuste integral autorizado pelo governo por causa da forte concorrência.