O diabetes é uma doença causada pela insuficiência da produção ou pela má absorção de insulina, hormônio que tem como função quebrar as moléculas de glicose (açúcar) no sangue e transformá-las em energia, ajudando na manutenção das células do organismo. A doença pode causar o aumento da glicemia, gerando complicações no coração, artérias, olhos, rins e nervos.
Tipos de diabetes
Existem algumas formas da doença, como, por exemplo, a do tipo 1, que é descoberta geralmente na infância e adolescência; a do tipo 2, quando o corpo não aproveita de forma adequada a insulina produzida, encontrada em pacientes com sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos altos, hipertensão e hábitos alimentares ruins; a gestacional, que ocorre temporariamente durante o período da gravidez; e até o caso de pré-diabetes, quando os níveis de glicose estão altos, mas não o suficiente para caracterizar a doença.
O que pode causar o diabetes?
Em seu site, o Ministério da Saúde explica que, além dos fatores genéticos e a falta de hábitos saudáveis, outros fatores de risco podem contribuir para o surgimento da doença. É o caso de pré-diabetes, pressão alta, colesterol alto, sobrepeso, parentes próximos com diabetes, doenças renais crônicas, síndrome de ovários policísticos, entre vários outros.
Diabetes no Brasil e no mundo
A Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês) lançou, em 2017, o Atlas do Diabetes, que revelou informações importantes sobre a doença:
– Em 2017, eram 387 milhões de diabéticos no mundo e 13 milhões só no Brasil;
– O número tende a aumentar mais de 150% até 2035;
– Dos 13 milhões de diabéticos no Brasil, é provável que 1,2 milhão não tenha controle da doença, mesmo fazendo uso de medicamentos;
– Especialistas consideram que o diabetes tipo 2 será a próxima epidemia global pelo grande número de novos casos e a dificuldade de controlar a doença;
– Uma pesquisa do Ministério da Saúde indicou que, entre os anos de 2006 e 2016, foi registrado um aumento de 61,8% nos casos da doença no País. Em paralelo, o número de casos de obesidade cresceu 60%;
– O acompanhamento é feito geralmente pelo clínico geral;
– A evolução do paciente com a doença mal controlada pode levar a infarto, doença arterial periférica, retinopatia, nefropatia e assim por diante.
Em 2018, o sistema de Vigilância de Fatores de Risco (Vigitel) para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde informou que houve um aumento de 7,7% de casos da doença na população brasileira. Por esse motivo, atualmente, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) estima que existam de 14 a 16 milhões de pessoas com o diagnóstico.
Comportamento dos pacientes com diabetes
Segundo o estudo “Quando o diabetes toca o coração”, feito pelo EndoDebate em parceria com a Revista Saúde e o laboratório Novo Nordisk realizado em junho de 2019:
– 80% das pessoas com diabetes tipo 2 apresentam indícios de comprometimento cardiovascular;
– 52% falam de dois dos sintomas a seguir: tontura, dores no peito e nas pernas, falta de ar e palpitações;
– 64% dos diabéticos não seguem rigorosamente o tratamento e apenas 48% a consideram muito grave;
– A doença aparece atrás do câncer (92%), do acidente vascular cerebral (79%), do infarto (75%), do mal de Alzheimer (74%), da insuficiência renal (70%) e da insuficiência cardíaca (56%);
– Para 60% das pessoas com diabetes tipo 2, o médico transmitiu informações insatisfatórias ou nem mencionou as questões relacionadas ao coração na última consulta para controlar o diabetes;
– Embora 62% desses pacientes tenham sido diagnosticados há, pelo menos, cinco anos, 90% dizem ainda sentirem falta de mais informações durante o tratamento.
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