Em plena pandemia da Covid-19, o uso de máscaras faciais de proteção é fundamental. Contudo, a sua extensa utilização pode acabar gerando inflamações faciais, também conhecidas como acnes, até mesmo em pessoas adultas. O fenômeno já ganhou um nome na dermatologia: maskne, junção das palavras “máscara” e “acne”.
Essa e outras inflamações são resultantes do atrito do tecido com a pele e da alta produção de sebo e sudorese, causadas pelo abafamento da região. Com a proximidade do verão, a tendência é que o problema aumente ainda mais com as altas temperaturas.
Cuidados com a pele e escolha do tecido
A médica dermatologista Fátima Tubini explica que a escolha do tecido do item obrigatório pode amenizar alguns sinais de maskne: “O material utilizado na máscara interfere, então dê preferência ao algodão, um tecido macio e que tem baixa probabilidade de causar irritação. Outro fator que contribui para o não desenvolvimento da maskne é a troca de máscaras durante o dia, principalmente para aqueles que a utilizam em longos períodos. O ideal é fazer a troca a cada quatro horas ou quando sentir a máscara molhada”.
Além disso, mudanças na rotina de cuidado podem beneficiar a pele, como a higienização diária com sabonete próprio para o rosto, esfoliação duas vezes por semana e o uso de produtos leves. “Procure evitar o uso de maquiagem, pois ela piora o efeito oclusivo da máscara. Durante esse período, opte por produtos com cosmética mais leve, rica em água e textura oil free, isso também vale para o protetor solar”, reforça a médica.
Atendimento médico
Caso a acne persista, mesmo mantendo os cuidados que ajudam a prevenir e minimizar as lesões, é recomendado que um médico seja consultado. “Talvez seja necessário um tratamento dermatológico, com ajustes na rotina de pele. Luz intensa pulsada, limpeza de pele e tratamentos a laser também podem ajudar a solucionar, mas devem ser recomendados por um especialista”, finaliza Fátima.
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