Burocracia e emaranhado de leis quase enlouquecem empresários, mas o Brasil tem jeito

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Com a economia consolidada de forma globalizada, as mais diversas ocorrências externas afetam diretamente os mercados financeiros de qualquer nação, refletindo no planejamento das empresas, da sociedade e dos cidadãos. Foi-se o tempo em que os países possuíam uma economia blindada, imune aos fatores externos. Atualmente é relevante uma gestão eficaz, para se minimizar os imprevistos, porém as variáveis externas, mesmo minimizadas, precisam estar previstas em uma boa administração.

O Brasil tem um conjunto de motivos para atrair os grandes investidores do mercado internacional, pois possui uma das maiores populações do mundo, terras produtivas, imensa reserva de água potável, clima diversificado, energia alternativa, enfim, tudo o que os investidores desejam e sonham.

Entretanto, é necessária uma análise mais detalhada para perceber as razões de boa parte das companhias multinacionais acabarem desistindo de empreender no Brasil após algum tempo, prejudicando o crescimento econômico e social.

Para qualquer investidor estrangeiro é extremamente complexo entender a “regra do jogo” do sistema dos órgãos tributários, trabalhistas, reguladores e fiscalizadores do Brasil. O sistema parece coisa de louco, tamanha é a dificuldade que o empresário enfrenta para gerir de forma legal e regular seu negócio para não cometer erros e ser penalizado pelos órgãos fiscalizadores vorazes.

Equivocadamente, o Estado, em vez de orientar e ensinar de forma correta o empreendedor, na maioria das vezes, cria dificuldade para as coisas mais simples que são necessárias para a empresa estar dentro das especificações exigidas. Essa praga existente da burocratização no País cria um emaranhado imenso de leis, portarias, normas, resoluções e deliberações, o que torna quase impossível manter a empresa integralmente 100% dentro da regularidade.

Certamente os investidores estrangeiros, ao se depararem com tanta dificuldade e por não possuírem a cultura de compactuar com o famoso “jeitinho brasileiro”, acabam optando por abortar seus projetos de investimento ou expansão no País.

Lamentavelmente, na realidade, o que existe é uma inversão de valores, pois o Estado deveria servir à sociedade e não a sociedade servir ao Estado como acontece no Brasil.

O bom da coisa é que o País está mudando, estamos presenciando fatos que jamais imaginaríamos há alguns anos, com autoridades sendo punidas por seus desvios de conduta e ética, mas a nossa responsabilidade como empresários e cidadãos é continuar a lutar para que sejam aceleradas as transformações necessárias ao Brasil para que tenhamos condições de produzir mais para o crescimento da economia de forma mais justa.  

Não será fácil, mas o Brasil tem jeito.

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Luis Carlos Marins

Administrador com especialização em Pedagogia Empresarial, empresário e presidente da Ascoferj. Em sua coluna, Marins aborda temas ligados ao dia a dia do varejo farmacêutico.
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