Por meio do modelo de geração distribuída, empresas conseguem gerar sua própria energia de forma limpa e sustentável e ainda reduzir custos. Dados estatísticos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que as empresas estão cada vez mais preocupadas em produzir sua própria eletricidade a partir de fontes renováveis, como a energia solar. Os altos custos e a preocupação com a disponibilidade do recurso no longo prazo têm feito muitas empresas buscarem soluções para gerar sua própria energia.
Por meio do modelo de geração distribuída, empresas ou residências podem produzir sua própria energia por meio de painéis fotovoltaicos. Para isso, é necessário seguir alguns passos para instalar o sistema e conectar a empresa à rede de distribuição já existente. É necessário homologar o projeto junto à concessionária da região do usuário, o que pode ser feito por meio das empresas instaladoras dos kits fotovoltaicos de energia.
O investimento, que já foi uma barreira, gradativamente vem se mostrando um dos grandes atrativos. Ao reduzir o valor da conta de energia, o recurso que sobra no fim do mês pode ser direcionado para as parcelas do financiamento do sistema, por exemplo. A taxa de retorno, segundo especialistas, tem se mostrado atrativa, em média, de quatro a sete anos, com 18 a 21 anos de geração própria, devido à vida útil das placas solares, que gira em torno de 25 anos.
Redução adicional de custos
Além de produzir a própria energia, com as mudanças já ocorridas nas regulamentações da Aneel, é possível enviar a energia que sobra para a rede local para usar depois ou ainda ser recompensado pelo extra. O sistema de compensação de energia elétrica, criado pela Aneel, autoriza a transformação do excedente em créditos, que podem ser trocados com a distribuidora local e reduzir o valor da fatura mensal de energia.
Para que isso aconteça, medidores inteligentes bidirecionais fazem o balanço energético mensalmente. Eles medem o volume de energia, identificam quando o sistema não consegue atender à necessidade do usuário e calculam quanto é necessário usar do sistema tradicional. Assim, caso o consumidor receba mais eletricidade do que gerou, paga a diferença. Se gerar mais do que consome, ele terá, pela legislação, até 60 meses para descontar da tarifa de energia elétrica.
Outra opção é ter vantagens na fatura de outro local que esteja na área de atendimento da distribuidora. Por exemplo, é possível gerar a energia na matriz e usar o excedente na filial. Além disso, é possível usar a eletricidade da concessionária enquanto o sistema produz e envia sua energia direto para a rede. Nesse caso, a empresa pode calcular a variação do custo da energia para usar o que vem da rede ao longo do dia e, nos horários de pico, quando a tarifa é mais cara, consumir a eletricidade gerada pelas placas fotovoltaicas.
Investimento versus o retorno em economia
Empresas localizadas em prédios nos quais seja possível a instalação de placas fotovoltaicas, podem avaliar a possibilidade de se beneficiar de mais essa redução de custos. Para isso, é conveniente solicitar a análise do um fornecedor de sistemas fotovoltaicos com base no histórico do consumo médio atual. A análise por parte do empresário deve levar em conta o investimento versus o retorno em economia com a adoção do sistema.
Vale lembrar que o Brasil é um dos países com maior quantidade de dias ensolarados por ano e que esses sistemas funcionam, inclusive, em dias de sol mais brando. Ou seja, existem dados estatísticos históricos que permitem a análise do retorno com bastante precisão.
Outras opções de energia alternativa
A opção pelo uso de energia solar, que, a depender das características da empresa, pode não ser apenas a fotovoltaica, já que existem também sistemas de aquecimento de água por meio de coletores solares, é uma decisão da empresa na busca constante pela melhoria do padrão de sustentabilidade.
Segundo algumas empresas do varejo farmacêutico, atualmente, a energia é o terceiro maior custo, perdendo apenas para folha de pagamento e aluguéis. Por esse motivo, vale a pena buscar soluções que melhorem o seu desempenho e o uso racional de energia.
A decisão pelo menor investimento já vem sendo realizada por várias empresas do setor, como a troca de lâmpadas fluorescentes por lâmpadas tuboled, além da opção por sistemas de refrigeração sempre mais econômicos.
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