Mesmo após a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de suspender os testes com cloroquina e hidroxicloroquina, o Brasil não irá interromper as pesquisas sobre as substâncias, como informa o portal Metrópoles nesta terça-feira (26/05).
O projeto, liderado pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês, Moinhos de Vento, Alemão Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo, Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet) e Ministério da Saúde, já abrange entre 40 e 60 hospitais do país, com 1.100 pacientes com Covid-19.
São três frentes de pesquisa: a primeira avalia o uso da azitromicina e da hidroxicloroquina em 630 pacientes internados com quadro de leve a moderado; a segunda monitora o uso do medicamento nos casos mais graves, com 440 pacientes; e a última estuda o medicamento dexametasona, que tem ação anti-inflamatória, em pacientes com ventilação mecânica.
A OMS suspendeu temporariamente os testes após a publicação de um grande estudo publicado na revista The Lancet, que evidenciou o aumento do risco de morte por problemas cardíacos, como arritmia. Foram avaliados pacientes de 671 hospitais em seis continentes, entre 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril de 2020.
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