As 29 maiores redes do varejo farmacêutico nacional tiveram um novo recorde no descarte ambientalmente correto de medicamentos. Entre janeiro e junho deste ano, o recolhimento do volume de resíduos de remédios vencidos ou em desuso, além de suas embalagens, chegou a 250 toneladas. É o maior número em um semestre desde a implementação do sistema de logística reversa, em dezembro de 2020.
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Os dados são da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). Em todo o ano passado, 427 toneladas de medicamentos foram incineradas ou destinadas a aterros sanitários, em conformidade com o sistema de logística reversa previsto no Decreto Federal 10.388/2020. A média mensal em 2024 é de 41,7 toneladas, total 17% superior ao de 2023.
O número de pontos de descarte também registrou aumento. Hoje, 7.200 farmácias estão disponíveis para coleta de medicamentos, distribuídas por 615 municípios em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. No ano passado, eram 6.800 estabelecimentos em 580 localidades.
A tendência é que esse indicador continue em alta, já que vence em 2025 o prazo para que cidades entre 100 mil e 499 mil habitantes se enquadrem na logística reversa. “E temos espaço para avançar ainda mais, considerando que as grandes redes contam com mais de 11 mil lojas e, a julgar pelo exemplo de Portugal, onde a média anual atinge 1.300 toneladas”, pontua Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
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A entidade, inclusive, integra um grupo de trabalho de 17 entidades parceiras do sistema LogMed, responsável por parametrizar e monitorar a prática de logística reversa.