Neurociência ganha papel cada vez mais importante no varejo farmacêutico

De acordo com levantamento da Salesforce, cerca de 80% dos brasileiros consideram a experiência com uma empresa importante.
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Você, varejista, certamente já ouviu falar em neurociência. Se ainda não tomou conhecimento, é bom ficar atento. Mais do que uma ciência que estuda o cérebro humano, é um conceito que ganha, a cada dia, mais espaço nas ações das empresas. E podemos comprovar isso em números: o estudo State of Connected Customer, da Salesforce, revela que 80% dos brasileiros consideram a experiência com uma empresa tão importante quanto os produtos que ela oferece. Isso significa que as companhias devem incorporar elementos de neurocomunicação e neurovendas em suas estratégias e campanhas comerciais.

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Trocando em miúdos, a neurociência hoje desempenha um papel crucial no varejo farmacêutico, oferecendo insights profundos sobre o comportamento do consumidor e ajudando os varejistas a otimizar suas estratégias de marketing, vendas e experiência do cliente. As empresas do futuro, com esse olhar estratégico e aguçado nas mudanças do comportamento de consumo nos últimos anos, aspiram rapidamente a ocupar o terceiro lugar na vida das pessoas, depois da casa e do trabalho.

Costumo dizer que experiências cristalizam indulgências e geram desejo, fidelização e incremento de vendas, bem como soluções para a construção de um branding icônico, capaz de atrair o consumidor, satisfazer seus anseios de consumo e ainda assegurar uma relação duradoura com ele. Difícil? Não, se houver desejo e vontade.

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Por isso, digo também que as empresas que incorporam técnicas de neuromarketing estão em uma posição vantajosa para inovar continuamente e manter-se competitivas no mercado. Ao utilizar insights baseados em ciência sobre o comportamento humano, elas podem antecipar tendências, adaptar-se rapidamente às mudanças nas preferências dos consumidores e criar experiências de compra distintas que se destacam da concorrência.

Aqui, quero elencar cinco aspectos importantes da neurociência no contexto do varejo:

  1. Entendimento do comportamento do consumidor: A neurociência estuda como o cérebro humano responde a estímulos visuais, auditivos e sensoriais. Isso inclui entender como as pessoas tomam decisões de compra, quais são os gatilhos emocionais que influenciam suas escolhas e como o ambiente de compra pode afetar suas decisões. Esses insights são essenciais para projetar layouts de loja, displays de produtos e campanhas publicitárias mais eficazes.
  2. Otimização da experiência do cliente: Com base nas descobertas da neurociência, os varejistas podem criar experiências de compra mais agradáveis e intuitivas. Isso pode incluir a disposição estratégica de produtos, a escolha de cores e iluminação que influenciam o humor do cliente, e a música e aromas que podem afetar a percepção e a disposição para gastar.
  3. Personalização e segmentação de mercado: A neurociência ajuda os varejistas a compreender melhor os diferentes segmentos de mercado e a personalizar suas estratégias de marketing de acordo com as preferências dos consumidores. Isso pode ser feito através da análise de dados neurocientíficos que revelam padrões comportamentais e preferências subconscientes.
  4. Decisões baseadas em dados: Utilizando tecnologias como o eye-tracking (rastreamento ocular) e a análise de respostas cerebrais (por exemplo, através de EEGs), os varejistas podem coletar dados em tempo real sobre como os clientes interagem com seus produtos e ambientes de loja. Esses dados são fundamentais para a tomada de decisões informadas e para ajustar estratégias de forma ágil.
  5. Inovação e competitividade: A aplicação da neurociência no varejo não só melhora as práticas existentes, mas também impulsiona a inovação. Os varejistas que adotam abordagens baseadas em neurociência estão em melhor posição para entender as tendências emergentes e se adaptar rapidamente às mudanças nas preferências dos consumidores.

Como se vê, a neurociência oferece aos varejistas ferramentas poderosas para compreender melhor os consumidores, gerando boas experiências de compra alinhadas com suas necessidades. Os clientes buscam e querem recompensas imediatas, que podem ser absorvidas pelo varejo a partir dessa integração entre ciência e prática comercial que tem revolucionado o mercado.

Dicas dadas e anotadas? Chegou a hora de colocar as mãos na massa!

Texto de Júlio Takano, CEO da KT Arquitetura de Negócios

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