Farmacêuticos devem se preparar para lidar com o caos

Com o avanço da pandemia, a busca por produtos, como álcool em gel e máscaras, e por assistência farmacêutica aumentará. E as farmácias precisam estar prontas para as novas demandas.
Farmacêutico em meio ao caos do coronavírus
Foto: shutterstock
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Após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar como pandemia a situação do coronavírus no mundo, afirmando que o número de pacientes infectados, mortes e países atingidos deve aumentar nos próximos dias e semanas, os profissionais de saúde estão sendo convocados a atuar de forma mais ativa com a população.

No Brasil, até o presente momento, são 234 casos confirmados pelo Ministério da Saúde, sendo a maioria em São Paulo (152), seguido de Rio de Janeiro (31), Distrito Federal (13), Paraná (6), Rio Grande do Sul (6), Santa Catarina (7), Minas Gerais (5), Goiás (3), Bahia (2), Pernambuco (2), Mato Grosso do Sul (2), Espírito Santo (1), Alagoas (1), Amazonas (1), Rio Grande do Norte (1) e Sergipe (1). Entretanto, já há confirmação de mais 67 casos contabilizados pelas secretarias estaduais de saúde. 

Aumento de busca por produtos em farmácias

O proprietário da Farmácia do Leme, Ricardo Valdetaro, explica que a busca por máscaras, que já era alta antes da confirmação de casos no Rio de Janeiro, agora está exorbitante. “Tínhamos máscaras na loja até sexta-feira, mas acabaram rapidamente. Estou em contato com uma distribuidora de Santa Catarina. que pediu que fizesse pagamento adiantado para, assim que receberem, enviarem para mim”.

Ele revela que os preços também estão bem altos. “Hoje me ofereceram a unidade da máscara por R$ 45. Ou eu pago caro para vender e sou chamado de aproveitador pela população ou não compro. Fica bem difícil”.

Além da máscara, a busca por álcool em gel também cresceu bastante. “A cada dez clientes, 11 querem esse produto. Tem gente que a princípio entra para comprar outros itens, mas acaba sempre perguntando sobre ele, o que ajuda a esgotar”, afirma Valdetaro.

Farmacêuticos devem se preparar

Caso alguma pessoa chegue à farmácia com suspeita de infecção por coronavírus, os farmacêuticos devem atendê-los sempre com o equipamento de proteção individual (EPI): máscara, luvas, óculos de proteção, álcool 70, avental não estéril, entre outros.  O protocolo determina que essas pessoas sejam encaminhadas para o posto médico mais próximo, a fim de realizarem os testes necessários.

Além disso, não custa relembrar os cuidados básicos passados pelo Ministério da Saúde para reduzir o risco de contrair ou transmitir o vírus:

– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;

– Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;

– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;

– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;

– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

– Mantes os ambientes bem ventilados;

– Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;

– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Veja também: Abrafarma publica recomendações para manejo de clientes e times de trabalho frente ao coronavírus

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