O varejo farmacêutico no Brasil passa por uma transformação acelerada com a expansão dos hubs de saúde, um novo conceito que vai além da venda de medicamentos. No Grupo AMR Saúde, que opera as marcas Drogaria Americana, Poupe Já e Farma Justa, a transição de farmácias para hubs de saúde começou este ano, e o objetivo é converter todas as 240 unidades da Drogaria Americana em hubs de saúde até 2029. Atualmente, o projeto conta com 3 unidades implementadas, sendo uma já em operação, em Poços de Caldas (MG).
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Para os franqueados, a mudança promete ser um bom negócio, com potencial de aumentar as receitas das lojas em 18% a 25%. Os investimentos em reformas custam de R$ 20 mil a R$ 50 mil, e esse valor pode ser recuperado em 6 a 12 meses.
Diferente das farmácias tradicionais, os hubs de saúde combinam a comercialização de produtos com um amplo portfólio de serviços clínicos, como vacinação, acompanhamento de tratamentos crônicos e consultórios farmacêuticos. Além disso, apresentam uma identidade visual modernizada, com fachadas novas, layout otimizado para o atendimento clínico e um mix de produtos ampliado, incluindo itens de conveniência e bem-estar.
Seguindo essa tendência, o Grupo AMR Saúde está ampliando a oferta de serviços e modernizando suas unidades para fortalecer a experiência do cliente. Esse modelo tem impulsionado o faturamento do setor. “O consumidor busca cada vez mais conveniência e atendimento de qualidade. Estamos transformando nossas farmácias em centros de saúde completos, oferecendo desde testes rápidos até programas de assinatura de medicamentos para pacientes crônicos”, afirma Kelly Rezende, CEO do Grupo AMR Saúde.
Outro grande diferencial da Drogaria Americana é seu mix diversificado de produtos, que vai além de medicamentos e inclui itens de beleza, bem-estar, conveniência e até artigos para pets, adaptando-se à demanda regional. Abel Latronico, franqueado da AMR em Poços de Caldas desde 2012, foi o primeiro a implementar as mudanças propostas em uma de suas unidades no mês de janeiro de 2025 e, aos poucos, expandirá para as demais. “Nós deixamos de ser apenas uma farmácia e passamos a atender todo o nicho de outros mercados. Quando você aumenta a sua participação em perfumaria, por exemplo, o aumento de faturamento pode chegar a até 35%”, afirma Abel.
De acordo com a AMR, o investimento para modernização das fachadas do grupo varia conforme o tamanho da unidade. Já o tempo de retorno vai depender do aumento do fluxo e das vendas após essa renovação. “Não basta mudar só o visual da loja; é preciso também corresponder às expectativas de consumo dos clientes. Os consumidores estão cada vez mais exigentes”, comenta Kelly. O modelo de hub de saúde também se mostra viável em cidades pequenas, onde é possível instalar uma ou duas unidades para atender à população local. Uma cidade de até 20 mil habitantes pode comportar um hub bem estruturado.
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A transformação de cada loja, desde a troca da fachada até a modernização completa, exige um tempo maior para que todos se adaptem a esse novo padrão. “Nosso foco é continuar inovando e expandindo esse modelo de negócios, garantindo que mais pessoas tenham acesso a serviços de saúde de qualidade dentro das farmácias”, finaliza a CEO do Grupo AMR Saúde.
