Dados da epharma, plataforma pioneira de programas e planos de benefícios em medicamentos, apontam aumento de 46,4% no uso de medicamentos para hipertensão entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, em relação ao mesmo período em 2022. Os betabloqueadores e antagonistas da angiotensina II lideram o ranking das classes de remédios mais procurados.
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De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a hipertensão arterial mata aproximadamente 300 mil brasileiros anualmente, o equivalente a 820 mortes por dia, 30 por hora ou uma a cada 2 minutos. Ainda de acordo com o órgão, 32% da população adulta brasileira, ou seja, cerca de 36 milhões de indivíduos, sofre com a condição. Destes, somente 50% sabem que são hipertensos e apenas metade realiza tratamento.
A pressão alta aumenta o risco de doenças cardíacas, cerebrais e renais e é considerada uma das principais causas de morte em todo o mundo.
Segundo a cardiologista Lilian Cavalheiro, que atua na AMA Especialidades Jardim São Luiz, “a hipertensão é uma doença que envolve uma série de alterações no corpo humano. Interfere no processo da doença aterosclerótica, que consiste no envelhecimento dos vasos, prejudicando o funcionamento de vários órgãos, como rins, vasos cerebrais e cervicais, além do enfraquecimento do próprio coração”, explica a especialista.
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A médica afirma ainda que, apesar de 90% dos casos serem hereditários, outros fatores também influenciam no surgimento da doença, como obesidade, estresse, consumo exagerado de sal, altos níveis de colesterol e sedentarismo. “Para ter uma boa qualidade de vida com o diagnóstico de hipertensão arterial é preciso cultivar hábitos saudáveis, realizar acompanhamento médico e utilizar corretamente a medicação. O tratamento medicamentoso é fundamental para o controle da doença, principalmente por ela ser uma das causas de outras comorbidades”, esclarece Lilian.