O projeto Lung Mapping, parceria entre quatro farmacêuticas – AstraZeneca, Bayer, Pfizer e Roche – foi criado há dois anos para ampliar o acesso ao diagnóstico molecular do câncer de pulmão no Brasil. Este ano, ganhou o apoio da Novartis e da Takeda, visando contribuir para a jornada dos pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) avançado subtipo não escamoso.
No Brasil, esse tipo da doença é o terceiro mais comum em homens e o quarto em mulheres, além de ser a principal causa de morte por câncer do mundo. Por conta da alta incidência, existem diversas opções de tratamento disponíveis e, cada vez mais, novas abordagens terapêuticas têm sido criadas. Contudo, o diagnóstico ainda é um gargalo.
Lung Mapping disponibiliza exame
Pensando em mudar esse cenário, o projeto disponibiliza gratuitamente exames para detectar o perfil molecular do tumor para CPNPC por meio de um painel genômico abrangente, contando com prestadores de serviços de análises laboratoriais.
Esse teste poderá ser solicitado pelas plataformas de programas de suporte ao paciente de todas as empresas participantes. São estes: Bem Estar (Novartis), ID (AstraZeneca), onTRack (Bayer), Pfizer Alvo (Pfizer), Roche Testing (Roche) e Take Care (Takeda). Em cada um deles, os médicos cadastrados poderão solicitar os exames de seus pacientes. Desde a criação em 2019, já foram realizados cerca de 4 mil exames. A previsão é de que mais 2,4 mil sejam realizados nos próximos meses.
Câncer de pulmão
“O câncer de pulmão é um dos tipos cujas mutações moleculares mais conhecemos, o que estimulou o movimento de toda a indústria em busca de novas alternativas terapêuticas e pela preocupação com o acesso ao diagnóstico diferencial. Quanto mais informações tivermos da doença, melhor conseguiremos tratá-la. Exatamente por isso o mapeamento é fundamental para melhorar o prognóstico e a jornada dos pacientes, que é longa e desafiadora”, comenta André Abrahão, diretor médico da Novartis Oncologia.
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