O setor de saúde, cosméticos e perfumaria liderou em volume de pedidos online no primeiro semestre de 2018, com um aumento de 45% em seu faturamento comparado ao ano passado, segundo o relatório WebShoppers 38. Do total deste faturamento, 3.4% foi referente à taxa de frete cobrada nas vendas considerando o tempo de entrega do produto nas capitais equivalente a 2 dias.
Até o início desse ano, redes associativistas, franqueadas e farmácias independentes ficaram fora desse mercado, por questões regulatórias da Anvisa. A agência permite que cada rede possua apenas um site, o que não contemplaria a realidade dessas redes visto que cada loja possui seus próprios preços e estoque. Graças à evolução da tecnologia, essas farmácias começaram a ingressar no mundo do comércio eletrônico adotando plataformas de e-commerce descentralizados, que baseada na localização do comprador, permite que a loja mais próxima da rede atenda o cliente.
Essas plataformas permitem que as farmácias explorem sua região, tirando benefícios do marketing e dependendo cada vez menos dos seus pontos físicos e estruturas pesadas. Basicamente, cada loja atenderá o cliente mais próximo, exibindo seus próprios preços e usando sua logística atual. As plataformas se integram diretamente com o sistema de gestão da loja, que também poderá decidir seu raio de entrega, horário de funcionamento e regras de frete.
Pedro Antunes, diretor da WebFarmas, startup que trabalha com o conceito de descentralização do e-commerce, afirma que o setor está passando por uma transformação digital: “As franqueadoras entenderam que necessitam de um canal de vendas on-line para que seu marketing efetivamente se converta em vendas para seus franqueados e não fique apenas em fortalecimento da marca. Assim como farmácias independentes estão se reinventando com cada vez menos funcionários, aumentando seu raio de entrega e ficando mais independente do seu ponto físico , resultando em um aumento bastante considerável nas vendas”.
A tendência para o próximo ano é que o setor mantenha a liderança em volume de pedido no comércio eletrônico com a entrada de novas farmácias no mundo digital em todo o país. A competição entre as redes pode ficar ainda mais acirrada com a oferta de cada vez mais diferenciais competitivos oferecidos para seus franqueados. Segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), o reajuste anual de preços dos medicamentos está previsto para uma alta de 4,45%. Com essa projeção, o consumidor tende a ficar mais exigente e criterioso, buscando por melhores opções nos canais digitais.
Website: http://www.webfarmas.com
Fonte: Exame