Durante o período de isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, houve uma explosão nas vendas de medicamentos pelos canais de e-commerce e delivery. Dados da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP) mostram que as 26 redes afiliadas da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) faturaram R$ 116,79 milhões com o comércio online e entrega em domicílio no mês de março de 2020 – valor 92,33% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior.
Entre os produtos mais comprados, apareceram os genéricos e os medicamentos isentos de prescrição (MIPs). “A pandemia moldou novos comportamentos de consumo, especialmente daqueles que não tinham costume de fazer compras por meios digitais. Também contribuiu para destravar barreiras regulatórias que proibiam a venda de remédios com receita pela internet, uma reivindicação antiga do setor”, explica Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
No terceiro mês do ano, foram comercializados mais de 4,28 milhões de unidades de produtos, como remédios e itens de higiene, bem-estar, perfumaria e conveniência, o que representa um crescimento de 99,26%. O número de atendimentos saltou de 478.252 para 823.010, o equivalente a um aumento de 72,08%.
A Abrafarma também divulgou que, entre janeiro e março de 2020, as vendas cresceram 44,85% na comparação com o primeiro trimestre de 2019, indo de R$ 168,59 milhões para R$ 244,21 milhões. Já na comparação entre fevereiro e março de 2020, o acréscimo foi de 85,36%.
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