HIV: pacientes vivem com mais qualidade de vida, mas têm riscos elevados de desenvolverem doenças crônicas

Infectologista dá mais detalhes sobre como pacientes com HIV vivem atualmente
Foto: freepik
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Quatro décadas se passaram desde a identificação dos primeiros casos de infecção por HIV no Brasil. Neste tempo, grandes conquistas aconteceram, como a introdução da terapia antirretroviral com distribuição gratuita pelo SUS e o acesso aos serviços de saúde especializados para prevenção e diagnóstico. Além disso, estabeleceu-se que o dia 1º de dezembro é o Dia Mundial de Combate à Aids.

O que é HIV?

Doença crônica, a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) pode ser controlada desde que o paciente siga o tratamento indicado e acompanhe a progressão da doença frequentemente.

O último Relatório de Monitoramento Clínico do HIV do Ministério da Saúde mostra que, ao final de 2021, havia aproximadamente 960 mil pessoas vivendo com a doença no Brasil. Cerca de 89% estavam diagnosticadas e 82% fazendo tratamento com antirretrovirais (TARV). Dos brasileiros em tratamento há pelo menos seis meses, 95% atingiram supressão viral e 90% estão com vírus intransmissível.

O Brasil está dentro da meta global do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre Aids (Unaids) no critério supressão viral, que é de 95%. Tais números mostram a importância da adesão e da continuidade do tratamento.

Envelhecimento da população com HIV

Segundo a Unaids, a população 50+ com HIV cresceu nas últimas décadas: entre 1995 e 2015, o número praticamente dobrou, chegando 36,7 milhões em todo o mundo. No Brasil, do total de pessoas vivendo com a doença, 33% pertencem à faixa etária.

“Hoje, a expectativa de vida das pessoas com HIV é praticamente igual a das pessoas que não vivem com o vírus. A população 50+ é uma das que mais adere aos programas de saúde e aos tratamentos com antirretrovirais”, afirma o infectologista Álvaro Furtado.

Mesmo com o aumento da qualidade de vida desses pacientes, o envelhecimento traz um risco maior de desenvolvimento de comorbidades não transmissíveis, como hipertensão, infarto do miocárdio, doença arterial periférica e função renal.

Um estudo holandês mostra que, até 2030, cerca de 84% dos pacientes terão uma ou mais doença não relacionada à Aids, 28% terão três ou mais doenças e apenas 16% não terão outras doenças.

“É preciso seguir um contexto global de atenção à saúde. Os pacientes que aderem às consultas e aos exames periódicos conseguem manter a imunidade em dia, além de evitar, ou tratar precocemente, outros problemas de saúde”, declara o médico. Ele também destaca a importância de hábitos de vida saudáveis.

Veja também: DPOC: entenda a doença que atinge 6 milhões de brasileiros

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