Os genéricos são medicamentos que contêm os mesmos ingredientes ativos, na mesma dosagem e forma farmacêutica que os medicamentos pioneiros, mas por lei são vendidos por preços mais acessíveis. Eles são produzidos após a expiração de uma patente, permitindo que outros fabricantes façam versões equivalentes.
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A qualidade, segurança e eficácia deles são rigorosamente regulamentadas pelas agências de saúde em todo o mundo. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia uma série de critérios técnicos, um deles é de que os genéricos devem demonstrar bioequivalência, ou seja, que devem ser absorvidos pelo corpo na mesma taxa e quantidade.
O êxito dos medicamentos genéricos, disponíveis nas farmácias desde 2001, é creditado à Lei 9.787, que não apenas introduziu o conceito de genéricos, mas também estabeleceu regulamentações para a categoria de medicamentos no Brasil.
De acordo com Tiago de Moraes Vicente, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos), além de reduzir os custos, tornando os tratamentos mais acessíveis para pacientes e sistemas de saúde, os genéricos promovem a concorrência no mercado farmacêutico, incentivando a inovação e reduzindo os preços para o consumidor final.
Três benefícios dos medicamentos genéricos
1. Acesso ampliado: promovem o acesso aos tratamentos essenciais, permitindo que um maior número de pacientes receba a terapia necessária. Isso é particularmente relevante em países em desenvolvimento e comunidades, onde o acesso a medicamentos acessíveis pode ser limitado.
2. Incentivo à Inovação: a disponibilidade deles também pode impulsionar a inovação no setor farmacêutico, incentivando as empresas a desenvolverem novas terapias e melhorarem seus produtos para permanecerem competitivas no mercado.
3. Sustentabilidade do Sistema de Saúde: ajudam a aliviar a pressão sobre os sistemas de saúde, permitindo que os recursos sejam alocados de forma mais eficiente para outras áreas de necessidade.
Segundo a legislação vigente, os genéricos devem ser vendidos com um desconto de 35% em relação aos demais medicamentos. Entretanto, na realidade, o desconto médio alcança cerca de 67%, que até o momento resultou em uma economia direta para os consumidores ao longo dos últimos anos, que se aproxima dos R$ 300 bilhões.
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Em um momento em que a acessibilidade aos cuidados de saúde é uma preocupação global, os medicamentos genéricos representam uma solução eficaz para melhorar o acesso aos tratamentos essenciais. “Ao optar por genéricos, pacientes e profissionais de saúde estão contribuindo para um sistema de saúde mais inclusivo e sustentável”, reitera o presidente.