Liderança no varejo: o que precisa ser diferente?

Ainda que cada segmento de varejo possua suas peculiaridades, é certo que todas as áreas precisam estar preparadas para enfrentar as constantes mudanças, sejam elas criadas a partir das necessidades do consumidor, sejam elas do próprio mercado.
Liderança no varejo
Liderança no varejo: o que mudar? | Crédito: Shutterstock

Estar à frente de um negócio exige – além de planos estratégicos, investimentos e boas decisões – uma gestão profissionalizada, com conhecimento de mercado e voltada ao engajamento dos colaboradores. Neste artigo, você vai entender por que a liderança no varejo demanda habilidades específicas.

Ainda que cada segmento de varejo possua suas peculiaridades, é certo que todas as áreas precisam estar preparadas para enfrentar as constantes mudanças, sejam elas criadas a partir das necessidades do consumidor, sejam elas do próprio mercado. E, para isso, é preciso que os líderes estejam atentos e abertos às transformações, ao entendimento de cenários complexos, e em busca de capacitação sobre gestão empresarial e comportamento humano.

Foi pensando nessas particularidades que o consultor de empresas Pedro Dias começou a refletir sobre como poderia contribuir para o crescimento das pessoas que estão à frente de um negócio. “No meu ponto de vista, a primeira coisa é querer ser um líder. A partir do momento que se tem esse objetivo profissional, deve-se criar uma estratégia para que isso ocorra”, explica ele.

Autor do livro Pílulas de Gestão e presidente do instituto que leva seu nome, Dias revela que para ser um líder é preciso, antes de tudo, organizar as atividades diárias. “Deve-se ter tempo suficiente para se dedicar aos estudos, bem como participar de treinamentos e eventos do mercado. Caso não tenha tempo e recursos financeiros, é possível buscar cursos gratuitos ou com custos acessíveis na internet”.

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Desafios para a liderança no varejo

Toda essa organização tem como objetivo principal encarar os desafios que a liderança no varejo pode trazer. O diretor executivo da Maxta, Robson Vitorino, cita os cinco principais:

  • Agregar: Identificar, com detalhes, o perfil desejado de cada membro da equipe. É preciso ser muito mais exigente no processo de recrutamento. A ausência de um perfil bem definido e critérios objetivos vem consumindo tempo e recursos financeiros. “Conforme venho identificando há 12 anos, a negligência no recrutamento e na seleção acontece pelo desconhecimento de como fazer e a intenção de economizar, mas a realidade vem mostrando que essa economia é utópica”, explica Vitorino.
  • Treinar: Mesmo que um colaborador tenha experiência, é fundamental que seja constantemente treinado, a fim de desenvolver novas competências e melhorar os processos.
  • Desafiar: O líder que treina constantemente a sua equipe tem mais legitimidade para cobrar. A dualidade “treinar e desafiar” vem contribuindo intensamente para criar equipes de alto desempenho.
  • Monitorar: É preciso saber monitorar o desempenho de cada colaborador. E isso deve acontecer sempre em duas vertentes: competências e comportamentos. A avaliação de desempenho deve ser criteriosa e impessoal. “A ausência de critérios objetivos de avaliação geralmente acarreta problemas relacionais entre líderes e liderados, sendo confundido com perseguição e até, em alguns casos, com assédio moral. A avaliação formal e estruturada agrega profissionalismo à relação entre líder e liderado, diminuindo a pessoalidade”, avalia Vitorino.
  • Manter: Ao conhecer quem são os profissionais mais alinhados à cultura da empresa, pode-se ter uma estratégia de retenção de talentos. Não é razoável querer manter as pessoas apenas pela afetividade, é preciso ter critérios claros para não desligar o colaborador produtivo em detrimento do improdutivo.

Liderança no varejo: gostar de pessoas

Pedro Dias relembra uma característica importante de uma liderança no varejo: ter um perfil que seja movido a desafios. “É preciso saber trabalhar com poucos recursos e gostar verdadeiramente de pessoas. A partir do momento em que se desenvolvem as soft skills (competências comportamentais) e hard skills (competências técnicas), as chances de ser um gestor que consegue bater todas as metas são maiores”, afirma.

Um ponto crucial para que a liderança no varejo dê certo é manter uma equipe focada e que atue de forma engajada com o público, como explica Vitorino. “O varejo possui uma forte orientação para o cliente. Uma equipe competente, mas com comportamento desalinhado pode comprometer completamente o negócio”, explica o diretor da Maxta. Ele explica que saber lidar com os funcionários, seja na hora de elogiar, seja de corrigir, sempre por meio de feedbacks éticos, é parte importante do papel de líder. “Deve-se saber delegar tarefas, comunicando com clareza o que deve ser feito, negociando prazos com a equipe e cobrando de acordo com o perfil de cada colaborador”. É preciso que o líder de varejo faça uma liderança personalizada.

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