O trade e a farmácia

Drogaria Venancio, em Copacabana (RJ) | Foto: Humberto Teski
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Oferecer um serviço não é algo que acontece de um momento para o outro. A maneira como as alternativas são avaliadas é extremamente subjetiva e pessoal. Nem sempre os fatores que o consumidor leva em consideração são os mais racionais e lógicos, como localização e preço.

Alguns pontos são ignorados e podem influenciar a decisão final, tais como maneira de atender, qualidade, praticidade e comprometimento pelo que se faz até o pleno conhecimento de seu negócio.

Embora não exista uma fórmula pronta para entender como pensa e age o consumidor, as farmácias podem estabelecer alguns critérios e procedimentos após determinar as atividades que cada funcionário deve exercer, além de ser essencial também definir qual e como o serviço será prestado. Os procedimentos se referem à “hora da verdade” de um serviço, ou seja, o momento em que o consumidor é atendido.

A farmácia deve envolver todos os seus colaboradores nesta reflexão de maneira a fazê-los perceber que um atendimento eficiente traz benefícios para todos e é responsabilidade de cada um. Devido às circunstâncias consideradas fundamentais para escolha racional ou emocional, falhas tanto no processo quanto no procedimento podem trazer consequências lamentáveis.

Serviço e produto não devem ser confundidos, apesar de terem o mesmo objetivo prático: atender ao consumidor, vender a ele algo de valor em consonância com a atividade de marketing desenvolvida e exercida pela indústria de acordo com a realidade dos pontos de vendas, e atendendo em última instância a alguma necessidade premente de consumo.

A oferta de serviços que agrega valor à comercialização de medicamentos e perfumaria é fator diferencial para a fidelização do consumidor.

No caso de medicamentos, a máxima de encontrar o melhor preço é o ponto de vista do consumidor e, para o empresário, o olhar está na margem operacional. Portanto, ambos devem estar cientes, por um lado, da eficácia do produto que está comprando e, por outro, da melhor rentabilidade por unidade vendida.

No caso do setor HPC, os aspectos emocionais superam os racionais, o que leva as farmácias a pensarem de que forma podem utilizar o marketing de um produto idealizado pela indústria com relação ao posicionamento deste produto; de como a mensagem da empresa sobre o produto pode ser capitalizada; como o produto pode ser apresentado na gôndola, desenvolvendo um diferencial competitivo frente aos concorrentes; e perceber de que forma aproveitar e alinhar as campanhas promocionais da indústria e seu público-alvo.

Como a farmácia pode imaginar, o marketing de um produto é essencial para os melhores resultados financeiros, entretanto deve explorar ao máximo o que a indústria pode oferecer. Este é um trabalho conjunto entre o trade e a farmácia.

Boas vendas!

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Mauro Pacanowski

Administrador e professor, Mauro leciona e escreve há vários anos sobre Marketing e suas influências no mercado varejista farmacêutico e na cadeia produtiva da saúde. Em sua coluna, Mauro dá dicas para que a farmácia se destaque ainda mais entre a concorrência.
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