Um estudo para identificar se a deficiência de vitamina D pode aumentar a chance de um quadro clínico mais grave de Covid-19 foi iniciado recentemente pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Até o dia 21 de setembro, data da publicação da notícia pelo portal da CNN, já haviam 140 pacientes com 60 anos ou mais participando da pesquisa.
Possível efeito protetor
Além disso, conforme noticiado pelo portal da Revista Exame na última segunda-feira (28/9), pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, estão realizando um estudo que indica que a vitamina D tem um efeito protetor contra a doença. Foram analisadas amostras de sangue de 235 pacientes internados em um hospital por causa da doença.
A pesquisa, publicada no periódico científico PLOS ONE, indicou que pacientes com pelo menos 30 ng/ML de calcidiol (ou 25-hidróxi-vitamina D) tiveram redução significativa no risco de ficarem inconscientes, terem dificuldade respiratória ou morrerem. Também foi possível perceber nas amostras menos marcadores inflamatórios e maiores níveis de linfócitos, células do sistema imunológico.
O estudo pode explicar ainda porque pessoas negras estão sendo mais afetadas que as brancas – além das razões socioeconômicas, precisam de mais tempo de exposição à luz solar para que a vitamina D seja produzida pelo organismo. Os pacientes com mais de 40 anos que tinham vitamina D o suficiente também apresentaram 51,5% menos risco de morte por Covid-19.
Outro estudo
Uma outra pesquisa, publicada na rede científica JAMA Open Network, mostra que 21,6% das pessoas que têm deficiência de vitamina D tiveram Covid-19, enquanto 12,2% das pessoas com níveis saudáveis da vitamina foram diagnosticadas. Ao todo foram analisados 489 pacientes ainda em 2019.
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