No dia 26 de novembro, o convidado do programa É De Farmácia foi Wilson Cruz, presidente da rede FarmaHall. Ele contou sobre sua trajetória profissional, desde a primeira farmácia, na Rocinha, até o início da rede, no Humaitá, bairro nobre da zona Sul do Rio de Janeiro.
Uma história de superação
Apesar de ser pernambucano, Wilson foi criado em Natal, no Rio Grande do Norte, até os 12 de anos de idade. Depois disso, foi morar no Rio de Janeiro e, aos 15 anos, começou em seu primeiro emprego. “Trabalhei como entregador por nove meses na Farmácia Vitória Régia, que nem existe mais”, conta ele, que é filho único e vem de uma família sem recursos financeiros.
Em seguida, empregou-se na farmácia Edite, no Leblon, onde teve a oportunidade de trabalhar no balcão. “Foi ali que aprendi praticamente tudo o que eu sei hoje”, revela Wilson, que chegou a aplicar injeção e aferir a pressão dos clientes.
Primeira farmácia foi na Rocinha
Depois das experiências como funcionário, veio a vontade de abrir a própria farmácia. A primeira delas foi na comunidade da Rocinha. “Na época, 1998 aproximadamente, eu estava morando no Vidigal e, visitando um amigo na Rocinha, encontrei uma casa e me perguntei se poderia ser uma farmácia. Reformamos e abrimos uma loja com aproximadamente 30m²”, relembra.
Segundo ele, o negócio fez sucesso entre os moradores. “Não recebia com cartão de crédito, então eu tinha um caderninho e fazia muito fiado. No final do mês, todo mundo me pagava bonitinho”, conta o empresário.
Nascimento da FarmaHall
O negócio deu tão certo na primeira farmácia que, em um ano, a segunda loja já estava aberta. “Percebi que, com o mesmo investimento, poderia vender o dobro indo para lugares com maior poder aquisitivo, como Barra da Tijuca. Foi então que abri a Barra Certa. Depois, fui para a Cityfarma, e, quando saí, montei a FarmaHall, cuja primeira loja foi no Humaitá”. Atualmente, já são sete lojas, com uma inaugurada recentemente na zona Norte.
Dia D
O dia da virada ou o Day 1 de Wilson Cruz, como gosta de chamar a Endeavor, veio quando rompeu a sociedade com João Roque Pombo, que considerava o pai que não teve. “Fiquei muito inseguro com o fim da sociedade. Chamei minha equipe e falei que estávamos sozinhos. Com o apoio dela, pensamos em estratégias para seguir em frente e, seis ou sete meses depois, duplicamos o nosso faturamento”, relembra.
Para Wilson Cruz, que é bastante observador, o sucesso está diretamente relacionado ao trabalho e à equipe. “Tem gente que está comigo desde o início, há mais de 20 anos”. E, para ele, esse é o segredo do sucesso. “Isso é uma consequência do trabalho que, para ser bom, precisa ter uma boa equipe. E é assim que eu considero a nossa”, finaliza.
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