Mulheres que Empreendem: Janete de Matos, da Rede Agafarma

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O programa desta semana do É De Farmácia traz mais uma participante para o especial “Mulheres que Empreendem no Canal Farma”: Janete de Matos, empresária e gestora executiva da Rede Agafarma, no Rio Grande do Sul.

Ao longo de março, Viviane Massi, jornalista e apresentadora do programa, vem entrevistando mulheres que empreendem e possuem cargos de liderança no setor farmacêutico. O objetivo é homenagear aquelas que se dedicam aos seus negócios e contribuem para o desenvolvimento do canal.

Confira abaixo a entrevista completa.

Viviane Massi: Empreender é um processo difícil no Brasil. É mais difícil quando quem empreende é uma mulher? Como foi sua experiência?

Janete de Matos: Hoje em dia não, pois a mulher já é empoderada e conquistou seu espaço, independentemente do segmento. Mas há 20 anos, era bastante complicado. No meu caso, o mais difícil foi a falta de conhecimento técnico e, por isso, fui atrás de cursos, graduação e pós-graduação. 

VM: Quais habilidades precisou adquirir para abrir suas drogarias?

JM: Acredito que a maior habilidade que podemos ter é o nosso conhecimento. Precisamos sempre estudar e nos aperfeiçoar para saber o que fazer diante de situações inesperadas, como o atual momento da Covid-19. Além disso, sempre gostei muito de gestão de pessoas, parte importante para o desenvolvimento do negócio.

 

A maior habilidade que podemos ter é o nosso conhecimento. Precisamos sempre estudar e nos aperfeiçoar para saber o que fazer diante de situações inesperadas.

VM: Você acredita que, por ser mulher, consegue lidar melhor com as pessoas que gerencia?

JM: Sim, sinto que existem vantagens no meu trabalho nesse sentido. Além disso, na rede, existem mais funcionárias mulheres do que homens. Há uma diferença entre lidar com os dois sexos, e prefiro trabalhar com elas.

VM: O ambiente empresarial é constituído, em sua maioria, por homens. Como é para você participar das reuniões na Agafarma ou tratar diretamente com fornecedores? Existe algum tipo de dificuldade?

JM: Atualmente não tenho problemas em expressar minhas opiniões no ambiente corporativo, porque sinto o quanto nós, mulheres, caminhamos para chegar aonde estamos. Porém, tenho consciência de que não era dessa forma que acontecia há algum tempo. Na Agafarma, por exemplo, que está completando 24 anos em 2021, sou a segunda mulher a fazer parte da diretoria. Isso demonstra a força que nós conquistamos. Temos muitas mulheres proprietárias entre as nossas 500 farmácias. Essa virada de chave é perceptível também na faculdade, já que hoje em dia a maioria dos profissionais de farmácia é mulher.

VM: Por ser a segunda mulher a integrar a diretoria, precisou se impor para conquistar seu espaço e ser ouvida?

JM: Essa experiência foi uma segunda faculdade para mim ou uma pós-graduação em gestão. Foi um desafio enorme e houve momentos em que quase literalmente precisei subir na mesa e gritar para me escutarem. Assumir essa diretoria executiva foi uma aposta que vem dando certo há seis anos.

VM: Pesquisas indicam que o público prioritário da farmácia é o feminino. Na sua opinião, uma farmácia gerida por uma mulher atende melhor suas clientes?

JM: A mulher tem sensibilidade, percepção e carisma, características que, muitas vezes, o homem não consegue ter. Sabemos como nos posicionar, como direcionar os projetos, como entregar melhores experiências. Sou suspeita para falar, mas sim, nós mulheres entendemos melhor as necessidades do público feminino.

 

A mulher tem sensibilidade, percepção e carisma, características que, muitas vezes, o homem não consegue ter. Sabemos como nos posicionar, como direcionar os projetos, como entregar melhores experiências.

VM: Quais sugestões daria para uma mulher que deseja empreender no canal farma?

JM: Independentemente do segmento, é preciso buscar muito conhecimento técnico e de mercado, pesquisar quem é o público-alvo e qual é a melhor forma de falar com ele. Hoje temos indicadores fundamentais para entender tudo isso e acertar cada vez maior. É muito importante também acreditar no seu potencial e aproveitar as oportunidades, fazendo sempre o “algo a mais”, ou seja, o diferencial.

VM: Dê uma dica final para as mulheres que estão lendo a entrevista.

JM: Nunca desistam de empreender. Confiem no potencial, acreditem e persistam, pois os obstáculos serão encontrados em qualquer segmento. Com o conhecimento necessário, estarão capacitadas para dar o melhor à população.

Assista a entrevista completa no canal da Ascoferj no YouTube.

Veja também: Mulheres que Empreendem: Fernanda Pereira, da Drogarias Max

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Raphaela Quintans

Raphaela Quintans é jornalista. Atua desenvolvendo conteúdos para o portal Revista da Farmácia e redes sociais.
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