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O Conselho Federal de Farmácia (CFF) realizou um levantamento junto aos farmacêuticos sobre a falta de medicamentos no Brasil. A pesquisa, realizada por meio de formulário online, foi preenchida por 683 profissionais de todos os 27 estados entre os dias 20 de julho e 6 de setembro.
A classe de medicamentos que mais esteve em falta no período foi a dos antimicrobianos, tendo sido relatada por 95,1% dos farmacêuticos (638 relatos); seguida dos mucolíticos, com 81,2% (545 relatos); dos anti-histamínicos, com 76% (510 relatos); e dos analgésicos, com 70% (470 relatos). A ausência de outras classes foi respondida por 65,1% dos respondentes (437 relatos).
“As informações coletadas corroboram os relatos de desabastecimento de medicamentos nas farmácias do Brasil, tanto no setor público como no privado. A escassez de medicamentos usados no tratamento de infecções respiratórias, como amoxicilina, acetilcisteína, ambroxol e dipirona, coincidiu com o período do inverno, causando transtorno aos pacientes e aos profissionais da saúde”, observa o secretário-geral do CFF, Gustavo Pires, que coordenou a pesquisa.
Apesar do esforço para minimizar o problema, a maior parte dos farmacêuticos disse não encontrar alternativas e, em alguns casos, não ter sido possível evitar algum dano ao paciente. “Dos 671 profissionais que relataram desabastecimento, 470 (70%) disseram não conseguir alternativas para as faltas apontadas”, revela Gustavo.
Para os outros 201 profissionais, algumas alternativas escolhidas foram substituição, compra direta, manipulação, contato com o prescritor para apresentação das opções disponíveis e orientação ao paciente para retorno ao médico.
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