Marketing digital para farmácias: como engajar clientes?

Malu Scholz fala sobre importância do marketing digital para farmácias
Foto: Humberto Teski
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O programa É De Farmácia do dia 3 de dezembro recebeu a especialista em Marketing Digital, Malu Scholz, para falar sobre como engajar clientes nas redes sociais das farmácias e ajudar o negócio a faturar mais.

Posicionamento de marca pode ajudar no engajamento

O engajamento dos clientes nas redes sociais das farmácias costuma variar de acordo com o posicionamento da marca. Malu explica que cada uma delas possui identidade e personalidade próprias. “Dependendo do objetivo de cada empresa, é sim possível engajar os seus seguidores”.

A especialista revela que um ponto negativo é que muitas farmácias acabam misturando a área profissional com a pessoal na internet. “É preciso haver uma segmentação. Não se deve abordar assuntos políticos e religião, por exemplo. Muitas vezes, o lado pessoal se mistura tanto que não é possível identificar se o público que está ali é da família, se quer ouvir o que o farmacêutico quer falar ou se apenas segue por admiração”.

Entenda o perfil de cada rede social

Outro ponto levantado por Malu é a necessidade de entender o perfil de cada uma das redes sociais existentes atualmente. “O Instagram, por exemplo, tem uma loja integrada dentro dele e usa muito a questão visual. É diferente do LinkedIn, uma rede profissional onde a farmácia não precisa estar presente.”

A especialista fala ainda sobre o WhatsApp, um canal digital que permite as vendas de produtos e serviços.

WhatsApp: polêmica do bloqueio e grande número de vendas

Recentemente, as contas do WhatsApp Business de diversas farmácias foram bloqueadas justamente pela venda de produtos. “O WhatsApp mudou todos os termos de uso e criou o Business, que é específico para negócios. Com isso, avisou que quem realizasse vendas poderia sofrer alguma consequência, e foi o que aconteceu”, explica Malu.

Essa ação teve como objetivo fazer com que as farmácias que realizam vendas pela plataforma migrem para a opção Business. “É preciso, entretanto, ter atenção ao fato de que a publicidade de medicamentos tarjados é proibida e, mesmo que seja MIP, precisa de descrição específica”, alerta a especialista.

Mesmo com a recente polêmica, as vendas realizadas pelo WhatsApp estão se tornando cada vez mais expressivas. “Recentemente, conversei com um grupo de varejistas que disseram que as vendas por esse canal já chegam a 20% ou 30% do total, um valor bem alto”, analisa.

Cuidado para não saturar informações

Malu explica que, ainda assim, deve-se ter cuidado para não saturar as informações no WhatsApp do cliente, de forma que ele nem leia as mensagens recebidas. “Aproveitando a chegada da Lei Geral de Proteção de Dados, é importante perguntar para a pessoa se ela autoriza o recebimento de mensagens e de publicidade”.

Integração entre Facebook e Instagram nem sempre é benéfica

A especialista explica que, ainda que o Instagram pertença ao Facebook e seja possível compartilhar o mesmo conteúdo em ambas as redes, existem diversos fatores que fazem com que a comunicação possa ser melhor em um deles para cada farmácia.

“Dependendo do tipo de região onde a farmácia está e do tipo de negócio, é possível sim utilizar os dois de forma integrada. Mas existem públicos que preferem o Facebook, que tem muito mais conteúdo, e públicos que preferem o Instagram, mais visual”, afirma.

Como gerar apelo dos produtos no Instagram?

Justamente por ser tão visual, o Instagram precisa ser olhado de forma especial, ressaltando a personalidade da marca. “Pessoas gostam de pessoas, histórias geram histórias. É preciso levar a personalidade da equipe que trabalha na farmácia para dentro do Instagram, humanizando aquele perfil”, orienta Malu.

YouTube cresce e gera oportunidades para farmácias

Atualmente, o YouTube representa a segunda maior página de pesquisa do mundo. E, por esse motivo, é imprescindível ter a sua marca na plataforma. “Por que não gravar campanhas como a do Dia das Mães e do Natal e postar? Não precisa ser altamente produzido. Pode ter apenas um celular, um microfone e uma luz boa”, sugere a especialista.

Marketing digital é mais que redes sociais

Muito mais do que redes sociais, o Marketing Digital envolve sites e também o WhatsApp. “O marketing auxilia no entendimento e direcionamento do público-alvo das farmácias. O Google tem ferramentas que nos fazem entender o comportamento dos consumidores e a análise de desempenho do negócio. É muito importante saber trabalhar com ele”, finaliza Malu.

Veja também: Empreendedores de Sucesso: Wilson Cruz, da FarmaHall

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Raphaela Quintans

Raphaela Quintans é jornalista. Atua desenvolvendo conteúdos para o portal Revista da Farmácia e redes sociais.
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