O aumento da adesão e a influência dos programas de fidelidade na jornada de compra do consumidor reforça o modelo de recompensas como facilitador na relação entre as farmácias e seus clientes. No entanto, milhares de negócios do setor farmacêutico ainda desconhecem os benefícios da prática e correm risco de ficar para trás na preferência dos consumidores e na competitividade do mercado.
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Segundo a pesquisa anual “Comportamento do consumidor em farmácias no Brasil 2023”, liderada pela Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias com quatro mil pessoas no país, os programas de fidelidade já fazem parte dos hábitos de compra de 92,5% dos entrevistados frente a 86,6% registrados no ano anterior. Ou seja, os programas de benefícios deixaram de ser só uma escolha para as farmácias, mas um meio necessário para que o cliente seja fiel à marca a longo prazo, diante de uma concorrência mais forte e um mercado composto por importantes desafios econômicos.
Para Aline Michelin, diretora de Operações da Área Central e detentora da plataforma Acerta, os dados da pesquisa Febrafar reforçam a relevância desse tipo de ação junto aos clientes e indicam que o próximo passo para manter a competitividade será buscar atrativos na própria estratégia para atrair e reter clientes — o programa surge como aliado do setor por sua facilidade de implementação e customização.
“Os programas de benefícios já fazem parte do dia-a-dia das farmácias e trabalhá-los por si só não é garantia para se destacar da concorrência. O ponto-chave, em um momento onde é comum uma farmácia ofertar vantagens para seus clientes, é o tipo do benefício, a estratégia de divulgação e como a mesma fará a gestão do programa. E isso se torna mais viável quando são usados recursos tecnológicos e de inteligência, que costumam mitigar falhas de gestão dos programas de fidelidade, além de gerar mais conhecimento sobre o público-alvo e dados de estoque, precificação e fatores que impactam nos resultados do negócio”, aponta.
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Hoje o menor preço é o principal pré-requisito na hora do consumidor escolher em qual farmácia vai comprar medicamentos, itens de higiene e beleza e outros produtos para a saúde. São 82,13% os consumidores entrevistados que elegem o valor do item como prioridade ante 10,25% que apontam a localização como decisiva na escolha de qual farmácia fazer a compra.