Bem-estar dos colaboradores: Quando começar a se preocupar?

Negócios em diferentes fases têm desafios distintos para garantir um bom desempenho em meio às influências do ambiente externo e interno.
Quando começar a se preocupar com o bem-estar dos colaboradores? 
Foto: Divulgação
Publicidade

Guerras ao redor do mundo, cansaço mental, hiperconectividade e traumas da recente pandemia. São vários os elementos que, cotidianamente, impactam na vida e na saúde mental de pessoas e nas empresas, que, cada vez mais, estão se atentando para este movimento na intenção de oferecer qualidade de vida aos seus colaboradores.

Leia: Adoecimento emocional pode estar relacionado ao trabalho

A produtividade, principalmente em empresas que dependem do trabalho mental diário para crescer, está diretamente ligada ao bem-estar das equipes. A questão que entra em pauta é: quando começar a pensar na saúde mental corporativa? Há um consenso entre os especialistas de que os cuidados devem começar desde o primeiro colaborador, ou seja, o próprio fundador. Para que as empresas tenham sucesso, o bem-estar é determinante na produtividade e na tomada de decisões.

Em 2023, a Oyster HR, companhia internacional de gestão de pessoas, lançou o relatório Who gives a shuck? An Oyster report on employee disillusionment. Com 2,5 mil respondentes, 49,7% deles disseram que a saúde mental é a prioridade número um, aparecendo antes de fatores como saúde física, relacionamentos com amigos, hobbies, carreira e crenças religiosas. A mesma pesquisa apontou que 74,6% dos colaboradores têm dificuldade de focar no trabalho por causa das crises que ocorrem ao redor do mundo.

Do primeiro aos muitos

Após o primeiro colaborador, os cuidados devem continuar, mas tendem a acontecer de diferentes formas a depender do tamanho da empresa. Segundo Iara Sobrinho, psicóloga e CEO da Floway – startup que mede índices sobre saúde mental para organizações -, “quando a empresa tem até dez colaboradores, todos conversam entre si, o que torna mais fácil identificar problemas e organizar recursos para que todos estejam saudáveis”. Nesta fase inicial, é comum que a startup adote soluções como rodas de conversa, flexibilidade de horário, apoio mútuo entre os funcionários e benefícios que não pesam muito no orçamento.

Rodrigo Roncaglio, fundador e CEO da Guia da Alma – plataforma de saúde mental para empresas e pessoas -, reforça que, como founder, a criação de uma cultura saudável na startup foi imprescindível desde o dia 1. E, conforme a empresa expande, isso se torna ainda mais latente, a partir de dez colaboradores. “Costuma ser uma fase conturbada, com altos e baixos na estruturação de empresas, o que demanda muita resiliência e maturidade emocional”.

Quando a startup passa dos 20 colaboradores, os processos de cuidado são ainda mais desafiadores. A gestão de pessoas precisa lidar com diferentes equipes, que não necessariamente conversam entre si, e algumas vezes de maneira remota ou híbrida – formato cada vez mais comum no Brasil e que, segundo dados de outubro da PNAD Contínua, emprega cerca de 9,5 milhões de pessoas no país. “Garantir que a cultura seja saudável neste ponto é mais desafiador se a conversa sobre saúde mental não começou desde os primeiros dias. Mesmo assim, nunca é tarde para começar”, conclui o fundador da Guia da Alma.

Saúde mental na base traz benefícios

Empresas que constroem a cultura em uma base sólida, com diálogo e preocupação com o bem-estar dos colaboradores, tendem a manter experiências saudáveis ao longo da trajetória. Para elas, segundo Rodrigo Roncaglio, as taxas de atestados e afastamento por saúde mental são menores, a retenção de talentos é otimizada e atraem colaboradores muito mais engajados, o que economiza tempo e dinheiro que seriam gastos em novos processos seletivos.

Leia também: Certificação digital: entenda os benefícios que ela traz para o seu negócio

Picture of Revista da Farmácia

Revista da Farmácia

Por meio da Revista da Farmácia, empresários e profissionais se mantêm informados sobre as mais eficientes técnicas de planejamento, gestão, vendas, boas práticas farmacêuticas, entre outros temas.
Compartilhe

Receba as principais notícias direto no seu celular

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Veja também

Varejistas devem estar atentos à importância de uma gestão eficiente, que vai além do aumento das vendas.
Etiquetas eletrônicas e digital signage permitem que as farmácias mudem os preços de forma automática, sem a necessidade de intervenção manual
Veja como uma solução digital pode potencializar o sucesso das campanhas de trade marketing da sua farmácia.
Relacionamento com o consumidor é fundamental e pode aumentar as chances de fidelização e elevar o tíquete médio das vendas.
Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, vamos assumir que você está feliz com isso.
Pular para o conteúdo