A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou recentemente o Cabometyx (levomalato de cabozantinibe) como medicamento para uso oral do tratamento de adultos com hepatocarcinoma que falharam ao tratamento preliminar com sorafenibe. O medicamento, desenvolvido pela Ipsen Brasil, já havia sido aprovado no País para uso em pacientes com câncer de rim avançado ou metastático, além de ser comercializado nos Estados Unidos e na Europa.
“A partir de agora, os pacientes com câncer de fígado passam a ter mais uma opção importante para tratar a neoplasia. Embora não existam estatísticas atualizadas no Brasil, o câncer de fígado tem alta letalidade. Além disso, este câncer não apresenta sintomas no início, algo que dificulta o diagnóstico”, destaca Luciana Povegliano, líder de Oncologia Médica da Ipsen.
A aprovação teve como base o estudo clínico multicêntrico Celestial em pacientes diagnosticados com hepatocarcinoma, tipo mais agressivo de câncer de fígado. O grupo tratado com Cabometyx apresentou média de 5,2 meses sem que o tumor progredisse, enquanto os indivíduos que receberam placebo apresentaram média de 1,9 meses.
O câncer de fígado é duas vezes mais frequente em homens e pode ser primário, quando começa no órgão ou metastático, quando se origina em outra parte do corpo e migra para o fígado. Este segundo é mais comum e responsável por 90% de todos os cânceres de fígado. Em 2019, segundo dados do INCA, 10.902 pessoas faleceram da doença.
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