Brasil aposta na indústria farmacêutica e em produtos para cuidados pessoais

País ocupa a segunda posição entre os que mais lançam produtos nesta área e o quarto lugar entre os que mais consomem itens de beleza.
Brasil aposta na indústria farmacêutica e em produtos para cuidados pessoais
Foto: Divulgação
Publicidade

O Brasil destaca-se no cenário global de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o país ocupa a segunda posição entre os que mais lançam produtos nesta área e o quarto lugar entre os que mais consomem itens de beleza no mundo. A previsão é que o mercado nacional ultrapasse os R$ 130 bilhões em 2026.

Leia: Laboratórios nacionais dominam 72% do mercado farmacêutico

Conforme a Abihpec, o consumo de produtos de beleza no Brasil tem apresentado crescimento. O aumento da demanda por produtos de higiene, perfumaria e cosméticos reflete maior conscientização da população sobre a importância dos cuidados pessoais. Esse segmento tem se mostrado resiliente mesmo em períodos de crise econômica, demonstrando a sua relevância para os consumidores.

As inovações no setor incluem desde novas formulações de produtos até embalagens sustentáveis. Segundo a associação, a indústria tem se adaptado às demandas dos consumidores, que buscam produtos mais naturais e menos agressivos ao meio ambiente.

Paralelamente, a indústria farmacêutica no Brasil espera crescer 30% até 2027, segundo estudo da consultoria Redirection International. Parte deste avanço deve ser relacionado à produção de medicamentos e suplementos. A diversificação de produtos e a ampliação da capacidade produtiva são estratégias adotadas pelas empresas do setor.

Conforme o estudo, a média de crescimento esperada é de 8% ao ano. O economista e sócio da Redirection International, Gabriel Cardoso, explica que o Brasil está entre os dez maiores mercados farmacêuticos do mundo e quase 7% do consumo familiar de bens é composto de produtos farmacêuticos.

Ele afirma que o setor farmacêutico no Brasil tem potencial de crescer acima da taxa prevista para o mundo todo, até 10% ao ano. A estimativa da Redirection considerou o montante movimentado em 2023 – perto de R$ 190 bilhões entre varejo e não varejo – e as perspectivas macroeconômicas do país.

Personal care em alta

O mercado de personal care, que inclui produtos de beleza e cuidados pessoais, como os hidratantes faciais, tem apresentado um crescimento tanto no Brasil quanto globalmente nos últimos anos. De acordo com uma pesquisa da Euromonitor International, em 2022, as vendas desses produtos no país tiveram um aumento de 15% em termos reais, alcançando a marca de R$ 28 bilhões.

As projeções indicam que as vendas no varejo têm potencial para crescer ainda mais, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 7% – um aumento de 3% em relação à CAGR registrada em 2022. Com esse incremento, as vendas podem chegar a R$ 39 bilhões.

Transformação de farmácias em hubs

O gerente da área de Consumer Market Insights da IQVIA Brasil, Renan Oliveira, aponta que fatores como a transformação das farmácias em hubs de atenção primária e a conveniência do e-commerce são responsáveis por potencializar o crescimento desse mercado. Para ele, o acesso à saúde digital e os cuidados personalizados impactariam a mudança estrutural da cadeia de suprimentos de produtos farmacêuticos de forma positiva.

Conforme pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), 76% das compras de suplementos são feitas em farmácias. Além disso, a cada dois meses mais de 70% dos consumidores de suplementos voltam a comprar produtos. Seus gastos são em torno de R$ 200 em cada compra.

O comércio de suplementos alimentares também está em ascensão, devido à maior preocupação das pessoas com a saúde e o bem-estar. Dados divulgados pela Euromonitor International mostram que a indústria mundial gera, atualmente, US$ 110 bilhões por ano.

No Brasil, não é diferente. Os suplementos alimentares estão sendo consumidos em 59% dos lares brasileiros. Numa família, ao menos uma pessoa faz uso, segundo a pesquisa de mercado “Hábitos de Consumo de Suplementos Alimentares no Brasil”, promovida pela ABIAD.

Leia também: PL 1172/2023 é aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher

O suplemento Glucerna em pó é voltado para quem busca manter a energia e controlar os níveis de glicemia no sangue. Possui carboidrato de lenta absorção, diminuindo os picos de glicose no sangue e contribuindo para a saciedade.

Já o NAN Supreme 1 é uma fórmula hipoalergênica avançada, indicada para facilitar a digestão, pois é produzida com proteína do soro do leite parcialmente hidrolisada. O produto fornece ao bebê uma combinação de ingredientes com nutrientes essenciais.

Picture of Revista da Farmácia

Revista da Farmácia

Por meio da Revista da Farmácia, empresários e profissionais se mantêm informados sobre as mais eficientes técnicas de planejamento, gestão, vendas, boas práticas farmacêuticas, entre outros temas.
Compartilhe

Receba as principais notícias direto no seu celular

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Veja também

Empresa também será beneficiada com a garantia de integridade, rastreabilidade, gestão e segurança dos dados de produção dos medicamentos.
Comprometida com a saúde mental, a empresa realiza ações e oferece suporte psicológico por meio do projeto Teuto Cuida.
Ação de prevenção e conscientização é uma parceria com a Omron e prevê impactar 200 mil pessoas em 13 estados do Brasil e no Distrito Federal.
Ministro visitou unidade fabril da farmacêutica, a primeira do Brasil voltada para a produção mundial de medicamentos para diabetes e obesidade.
Melhores práticas de fabricação orientam empresas a seguirem parâmetros técnicos bem definidos em todas as etapas do processo produtivo.
IV Prêmio Mérito Científico, promovido pela UniEvangélica, destacou a influência das empresas na inovação estadual.
Não existem mais matérias para exibir.
Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, vamos assumir que você está feliz com isso.
Pular para o conteúdo