Uso de tecnologia para monitorar concorrência pode ser positivo para farmácias

Precifica explica como a tecnologia pode auxiliar a monitorar a concorrência
Foto: freepik
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O segmento das farmácias e drogarias tem algumas características que o colocam entre os que mais precisam de tecnologia para monitorar a concorrência e tornar viável a política eficaz de precificação. Algumas delas são a capilaridade, o alto grau de concorrentes, a quantidade de itens comercializados e a variedade de preços de um único produto.

Ricardo Ramos, CEO da startup Precifica, explica que, em um mundo cada vez mais digital, em que boa parte das farmácias têm vendas online, não basta apenas olhar para as estratégias dos concorrentes nas lojas físicas, mas também nos canais virtuais.

Para ajudar as farmácias a fazerem esse acompanhamento da movimentação dos concorrentes, o especialista dá cinco dicas que devem ser consideradas.

1 – Leve mais, pague menos (LMPM)

É preciso saber como construir boas ofertas de LMPM e, para isso, é necessário monitorar os preços unitários dos produtos e de promoções em outros estabelecimentos. “Com esses dados em mãos, fica mais fácil construir seus próprios pacotes promocionais. Se o ‘vizinho’ criou uma oferta de ‘leve quatro e pague três’, como você consegue tornar seu preço unitário competitivo? De repente, ao construir uma oferta ‘leve seis e pague cinco’, por exemplo”.

2 – Preços conforme o raio de proximidade

É importante olhar a concorrência no raio de proximidade do consumidor. Isso porque um cliente que mora no bairro X raramente vai sair de casa para comprar na drogaria do bairro Y. O conceito se aplica ao online também, porque, ao abrir um aplicativo de compras, o consumidor indica em qual bairro está – a busca é personalizada, levando em conta a região.

3 – Superapps

O terceiro ponto envolve um conceito que tem crescido bastante: a conveniência para o consumidor. “É importante entender que o gestor não deve se limitar a monitorar a concorrência tradicional. Hoje existem concorrentes que são empresas de tecnologia. Na realidade, esses aplicativos – os superapps – são novos no segmento, ou seja, novos concorrentes. Sendo assim, cabe também monitorar as ofertas que oferecem”, revela Ricardo.

4 – Custo do frete e agilidade na entrega

Atualmente, as empresas que não conseguem viabilizar uma entrega rápida acabam ficando para trás na preferência do consumidor. Segundo o CEO, neste ponto, ainda existe uma relação de “sensibilidade” entre a entrega e o tipo de produto.

“Um exemplo é um medicamento para amenizar cólicas em recém-nascidos. Muitas vezes, o cliente aceita pagar mais caro se tiver a opção de receber antes. Explico: ele pesquisa em três farmácias. Duas oferecem preços mais baixos, mas só entregam no dia seguinte. Uma tem preço alto, mas entrega em poucas horas. A tendência é o consumidor pagar mais caro porque não quer ver a criança com dor”, diz.

5 – Programa de Benefício em Medicamentos

O setor é bem complexo e oferece diferentes opções de preços para um mesmo produto. Além do leve mais, pague menos, existem outras promoções, como o Programa de Benefício em Medicamentos (PBM), viabilizado diretamente pelos laboratórios fabricantes de medicamentos.

A maioria das redes de farmácias é intermediária do PBM de um ou mais fabricantes, com descontos que chegam a 40% para pacientes cadastrados. Assim, um único produto pode ter muitas opções de preços.

“É importante monitorar não só o produto, mas os diferentes valores para criar ofertas inteligentes, que concorram também com essas diferentes condições”, finaliza Ricardo.

Veja também: 5 tendências para a saúde digital

 

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