Descubra como foi ascensão das vendas de medicamentos por classe nos últimos anos

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Dados apresentados pela Secretaria da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) na quinta edição do anuário de estatísticas do mercado farmacêutico revelam detalhes sobre a evolução das vendas dos medicamentos por tipo de produtos entre os anos de 2015 a 2019. A classificação segue o descrito pelo Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos (SAMMED).

Medicamentos novos

Os medicamentos novos, pela descrição, são aqueles que possuem princípios ativos sintéticos ou semissintéticos, associados ou não. A categoria se manteve estável durante os cinco anos, crescendo apenas 0,4% e chegando a 1.176 no total.

O número de empresas que os comercializam também aumentou em 7,6%, indo de 105 para 113. O faturamento teve os melhores resultados: cresceu 15,5%, chegando a mais de R$ 30,5 bilhões.

Medicamentos biológicos

Essa categoria engloba os produtos obtidos a partir de fluidos biológicos, tecidos de origem animal ou procedimentos biotecnológicos que envolvem DNA recombinante ou alteração de genes. O crescimento foi bastante expressivo: 51,7%, chegando a 305 medicamentos.

A expansão também se deu em outras situações: número de empresas – 29,3%, indo de 58 para 75, enquanto o faturamento chegou a R$ 21,8 bilhões, o equivalente a 161,5%.

Medicamentos similares

Os similares são aqueles que apresentam os mesmos princípios ativos, concentração, posologia e indicação terapêutica que os medicamentos de referência registrados na Anvisa, porém com pequenas diferenças em relação ao tamanho do produto, prazo de validade, entre outros.

Houve uma queda no número de produtos dessa categoria ao longo dos anos: 6,9%, atingindo a quantidade de 2.380, assim como ocorreu com a quantidade de empresas que os comercializam: eram 153 empresas em 2019, número 1,3% menor em relação ao total de 2015: 155.

O faturamento, na contramão, aumentou 15%, atingindo a marca de R$ 17,2 bilhões.

Medicamentos genéricos

Os genéricos possuem a mesma substância ativa, forma farmacêutica, dosagem e indicação farmacológica que o medicamento de marca no qual foi baseado, mas sem apresentar nome comercial. Esses medicamentos mantiveram um crescimento recorrente de 13,3% até 2019, chegando a 2.235 opções e 93 empresas os comercializando, o equivalente a um aumento de 12% em relação às 83 anteriores.

O faturamento também atingiu o seu pico, chegando a mais de R$ 11,7 bilhões (37,6%).

Medicamentos específicos

Fazem parte dessa categoria produtos farmacêuticos com finalidade profilática e paliativa, que tiveram crescimento discreto nos cinco anos: apenas 3%, chegando a 442 produtos em 2019. O número de empresas que os disponibilizam aumentou 4,4%, indo de 90 para 94.

O faturamento avançou 9,4%, chegando à marca de R$ 2,4 bilhões.

Medicamentos fitoterápicos

Foi apenas em 2019 que a CMED publicou a Resolução nº 2, de 26 de março, estabelecendo procedimentos de monitoramento de medicamentos fitoterápicos, formulados pelo extrato de matérias-primas ativas vegetais. Por isso, é possível determinar apenas os resultados de 2019.

Naquele ano, eram 71 produtos comercializados por 30 empresas, com faturamento de R$ 333 bilhões.

Medicamentos isentos de prescrição

Os chamados MIPs não precisam de prescrição médica para serem comercializados por tratarem sintomas menores. Tiveram um crescimento no faturamento de 9,65% entre 2015 e 2019, chegando a R$ 8,2 bilhões e mais de um bilhão de unidades comercializadas.

Medicamentos de referência

São conhecidos como “de marca”, pois têm registro na Anvisa e precisam de prescrição médica para serem adquiridos. Nos cinco anos, chegaram a um faturamento de R$ 77 bilhões, com crescimento total de 90,35%. Já em número de unidades, alcançaram a marca de 4,1 bilhões, o equivalente a um aumento de 78,8% em relação a 2015.

Veja também: Venda de anticoncepcionais foi afetada pela pandemia da Covid-19

 

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Raphaela Quintans

Raphaela Quintans é jornalista. Atua desenvolvendo conteúdos para o portal Revista da Farmácia e redes sociais.
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