Distribuição e varejo: como anda essa relação?

Distribuição de medicamentos
Foto: freepik
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Para falar sobre o mercado da distribuição e como anda sua relação com o varejo farmacêutico, o É De Farmácia da última semana contou com a presença do presidente da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), Vinicius Andrade.

Resultados de 2019

Entre janeiro e outubro de 2019, as vendas de 142 distribuidores cresceram 7% a mais do que no mesmo período do ano anterior, o equivalente a 4,9 bilhões de vendas de medicamentos e não medicamentos. “O setor farmacêutico cresce acima da economia brasileira. Em 2019, falamos em um crescimento um pouco acima de 1% em relação ao resto da economia. O setor farma, por si só, teve um crescimento entre 6 e 7%”, destaca o presidente da Abradilan.

Segundo ele, o principal negócio das distribuidoras ligadas à Abradilan são os medicamentos genéricos e similares, que crescem acima da média de mercado. “Pelo preço acessível e pelo maior ganho de confiança da população, crescem até duas casas decimais a mais do que o restante”, acrescenta.

Distribuição regionalizada

O presidente da Abradilan lembra que o Brasil é um país muito complexo, com 27 estados e, consequentemente, 27 legislações fiscais. Por isso, a atuação regionalizada gera mais resultado.

“Dessa forma, é possível chegar ao mix e à precificação ideais, em harmonia com as realidades das farmácias e dos empresários locais. É uma estratégia comercial muito adequada, e o caminho que nossos associados buscam seguir, mesmo que atuem em mais de um estado”, conta.

Tal pensamento ajuda também no desenvolvimento de um trabalho melhor com a indústria e os fornecedores, que muitas vezes têm dificuldades de chegar ao varejo independente em regiões mais afastadas dos grandes centros.

Questões tributárias

Um ponto relevante comentado pelo presidente da Abradilan é o impacto da carga tributária interestadual na distribuição. “Uma distribuidora que trabalha com um mix mais amplo, como medicamentos genéricos, biossimilares, de referência, preservativos, fraldas, perfumaria e alimentos, precisa ficar atenta, já que cada um desses produtos possui uma classificação fiscal diferente. É uma complexidade gigantesca”.

Para garantir que todos os cálculos de impostos sejam feitos corretamente, é necessário que as empresas tenham setores específicos que invistam tempo em estudos para conhecer cada um deles.

Mesmo assim, o presidente da Abradilan afirma que uma simplificação nesse sentido traria benefícios para o País e produtividade para as empresas. “Poderia começar com uma facilitação de impostos federais como IPI, Cofins, Imposto de Renda, Contribuição Social, e depois discutir sobre as taxas dos estados”.

Desafios da distribuição

Além da parte fiscal, a infraestrutura das estradas do Brasil é um grande desafio para as distribuidoras que precisam entregar medicamentos rapidamente nas farmácias. “Pesar a dificuldade logística com a necessidade da entrega é uma equação difícil de fechar”, revela.

Outro desafio é a concorrência, que aumenta por conta do constante crescimento do setor farmacêutico. 

Dentro da cadeia farmacêutica, o distribuidor está mais próximo dos empresários do varejo do que a indústria, por isso a relação comercial pode e deve ir além da venda, na opinião do presidente da Abradilan. “Já possuímos iniciativas nesse sentido. Dentro da própria feira, Conexão Farma, temos conteúdos e treinamentos com pessoas de instituições renomadas para profissionalizar o varejo”, finaliza.

Veja também: Perspectivas 2020 para o varejo farmacêutico

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