Na última sexta-feira (27), a Farmarcas realizou o Conexão Farmarcas 2020, tradicional evento onde apresenta os resultados do ano vigente e revela o planejamento para o ano seguinte. Desta vez, por conta da pandemia da Covid-19, o encontro foi totalmente online.
Na primeira parte do evento, Eduardo Rocha, diretor sênior da IQVIA, fez uma apresentação dando o panorama geral da evolução do varejo farma e da Farmarcas ao longo de 2020.
Evolução do mercado
Entre os meses de janeiro e outubro deste ano, surgiram 14.048 novas farmácias em todo o Brasil. Com isso, a demanda por produtos vendidos chegou a 5,4 bilhões de unidades, o equivalente a R$ 113 bilhões nas mais de 81 mil farmácias brasileiras. A maior parte dessa procura foi por medicamentos (70%), seguida pelos não medicamentos (30%).
Na primeira categoria, os medicamentos de prescrição foram maioria (55%) – 34% os promovidos, 16% os genéricos e 5% os de trade. O restante da porcentagem (15%) foi para os MIPs. Entre os não medicamentos, a perfumaria representou 15%; os produtos de ajuda ao paciente, 6%; os OTCs (suplementos, vitaminas e sais minerais), 6%; e os nutricionais, 3%.
“Os OTCs tiveram um aumento muito grande, pois a população entendeu que a proteção é muito importante. Já os MIPs sempre tiveram um potencial gigantesco, mas têm caído bastante neste período de pandemia. É preciso voltar e olhar com atenção para esse setor”, comenta Eduardo Rocha.
Farmarcas no mercado
Ao analisar especificamente a evolução da Farmarcas, foi possível perceber uma gigantesca evolução – o faturamento triplicou nos últimos quatro anos, chegando a R$ 3,6 bilhões. Hoje já tem mais de mil lojas, e é a quarta maior companhia do varejo farmacêutico.
“A Farmarcas ocupa o 1º lugar na região Norte, o 2º no Centro-Oeste, o 5º no Sudeste, o 9º no Nordeste e 13º no Sul. É preciso ressaltar que oito estados concentram mais de 80% dos negócios, entre eles São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso”, comentou o diretor sênior da IQVIA.
Ação rápida diante de pandemia
Com a chegada da pandemia no Brasil, todas as empresas precisaram agir rapidamente para adequar sua rotina de trabalho à nova realidade. Segundo Edison Tamascia, presidente da Farmarcas, a companhia não teve muita dificuldade em realizar essa mudança, pois já estava acostumada a utilizar processos tecnológicos em seu dia a dia.
“Nós apenas aceleramos técnicas que já usávamos e ampliamos nosso relacionamento a distância com associados e fornecedores. Mas, por já estarmos presentes em 24 estados da federação, sofremos muito pouco no sentido de fazer algo que não fazíamos”, explica o presidente.
E o processo vem dando certo. Recentemente, em outubro, a empresa conseguiu realizar a digitalização de 1,5 milhão de cadastros de clientes nas lojas de todo o País. Também aumentou o número de colaboradores, o inverso do que outras companhias precisaram fazer durante a crise.
Paulo Costa, diretor geral da Farmarcas, revelou também que todos os indicadores de vendas previstos no início do ano serão alcançados: “Nosso objetivo em relação ao faturamento era crescer 33% em 2020 e vender R$ 4 bilhões. Até outubro, vendemos R$ 3.6 bilhões – 35,39% a mais que os R$ 2,7 bilhões em 2019. Em novembro e dezembro deveremos atingir os R$ 4 bilhões planejados”.
Outra meta estabelecida era que o resultado de lucro médio ficasse acima de 10%. Em outubro de 2020, o resultado foi 12,93%, quase 30% superior ao previsto.
Planejamento para o futuro
Paulo Costa explicou que a diretoria da Farmarcas estabeleceu cinco principais metas para os próximos anos. Até 2025, a empresa deverá fortalecer o seu relacionamento com todos os parceiros; acelerar as jornadas dos clientes, associados e dos processos internos; melhorar a comunicação dos empresários das redes associadas com os colaboradores da Farmarcas; manter o selo Great Place to Work e proporcionar satisfação aos associados em relação às entregas da companhia.
Para alcançar tais objetivos, a Farmarcas se compromete a digitalizar ainda mais as áreas administrativa, de produto, de TI e dos associados, o que levará ao aumento de precisão e da entrega dos resultados. Além disso, serão implantadas 24 novas práticas na gestão de pessoas ainda em 2021, totalizando 72.
Em relação aos associados, Marcelo Dantas, diretor de Inovação, especificou as metas: “Teremos uma visão 360º do associado. Apostaremos em dados mais precisos de geolocalização dos pontos comerciais, assim como utilizaremos BI para melhorar as informações sobre vendas e sobre os colaboradores”.
Por fim, Edison Tamascia anunciou que acontecerão duas edições digitais do Encontro Farmarcas em 2021 – a primeira entre fevereiro e março e a segunda em julho. Também acontecerá uma edição presencial em novembro: “Agradecemos por chegar a 2020 com muito sucesso e iniciaremos 2021 com muita força e muitos projetos”.
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