O grande varejo farmacêutico movimentou R$ 27,45 bilhões no primeiro semestre do ano, um volume 7,74% superior ao mesmo período de 2019. Mesmo com o bom resultado, o percentual de crescimento é inferior aos 9,78% computados entre janeiro e junho do ano passado, como mostram os dados da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP) e divulgados pela Abrafarma.
Para Sergio Mena Barreto, CEO da entidade, essa desaceleração foi reflexo do isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19: “Como muitas das nossas farmácias estão em regiões centrais, áreas de escritórios comerciais e shoppings – zonas impactadas pelas diversas políticas de restrição -, as lojas perderam vendas para farmácias de periferia das cidades”.
Vendas por produtos
Entre os meses de janeiro e junho, as vendas gerais de medicamentos chegaram a R$ 18,87 bilhões, um aumento de 9,08% em relação ao mesmo período de 2019. As categorias que mais influenciaram o resultado foram os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e os genéricos – o primeiro cresceu 20,79%, movimentando R$ 5,20 bilhões, enquanto o segundo registrou R$ 3,13 bilhões em vendas, um crescimento de 8,09%.
Já entre os não medicamentos – itens de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos – geraram uma receita de R$ 8,58 bilhões e registraram uma evolução de 4,91%. “A crise gerou uma retração no consumo das famílias”, também em razão dos muitos negócios fechados”, explica Barreto.
Vendas totais do varejo farmacêutico
Ao todo, foram mais de 1,32 bilhão de unidades comercializadas, e o volume de atendimento ultrapassou os 438 milhões. O número de colaboradores nas farmácias passou de 129.432 para 130.317, sendo 25.152 farmacêuticos distribuídos pelas mais de oito mil farmácias da Abrafarma espalhadas em todo o Brasil.
Veja também: Farmácias e mercados apresentam performance 30% melhor que outros setores na crise