A Ebit|Nielsen divulgou os dados do e-commerce brasileiro durante as compras de Natal, cuja alta foi de 13,5% em comparação ao faturamento de 2017: R$ 9,9 bilhões em 2018. O número de pedidos expandiu 5,2%, de 19,06 milhões para 20,1 milhões. Já o tíquete médio subiu 8%, de R$ 457 para R$ 493.
A segunda categoria mais comprada foi a de Perfumaria e Cosméticos (10,4%), que perdeu apenas para a de Eletrodomésticos (14,4%). A categoria Saúde, por sua vez, ficou em 7º lugar no share de pedidos (6,3%).
Apesar de ficar em 2º lugar, o faturamento da categoria Perfumaria e Cosméticos (3,9%) ainda é pouco expressivo se comparado com categorias como Eletrodomésticos (24,4%), Telefonia e Celulares (19,4%) e Casa e Decoração (9,1%), que ocupam o topo da lista.
“A diferença de posição entre volume e faturamento da categoria de Perfumaria e Cosméticos se dá pelo fato de o tíquete médio ser menor que o das categorias que faturam mais. Dessa forma, para essa categoria ficar no topo do ranking em faturamento, necessitamos ainda de mais volume de pedidos”, explica Pedro Antunes, diretor de Produtos da WebFarmas.
O Canal Farma vem ampliando sua participação no comércio eletrônico, inclusive com plataformas que já são viáveis até mesmo às pequenas redes, entre elas, a WebFarmas. Porém, é um mercado que ainda tem muito para ser explorado e conquistado em termos de melhorias nos pontos fracos e no faturamento.
Segundo relatório da MindMiners, os principais problemas dos e-commerces tradicionais relatados pelos consumidores são o custo do frete e a demora na entrega do produto.
“Cada vez mais a busca por um serviço eficiente vem se confirmando com ferramentas que empregam o conceito de e-commerce descentralizado, permitindo que redes associativistas ou franqueadas, assim como farmácias independentes, também trabalhem com vendas online, mantendo as particularidades de preço, estoque e logística de cada loja da rede”, acrescenta Pedro Antunes.
Mercado pujante
Para Ana Szasz, o desempenho do comércio eletrônico no segundo semestre, fechando com “chave de ouro” no período de Natal, deverá fazer com que o e-commerce encerre 2018 acima dos 12% inicialmente previstos pela Ebit|Nielsen no Webshoppers 38. “Foi um ano de crescimento muito positivo, impulsionado pela chegada de novos e-consumidores. Devemos concluí-lo com quase 10 milhões de novos usuários, ou seja, um em cada seis usuários comprou online pela primeira vez em 2018. A expansão do mercado de smartphones trouxe essa nova gama para o e-commerce. A meta do setor agora é fidelizar esse público”, disse.
Para Ana Szasz, muitos e-commerces estão fazendo a “lição de casa”. “O varejo está cada vez mais preparado para as vendas online. Os players estão investindo em tecnologia, tornando seus sites mais rápidos e melhorando a usabilidade. Além disso, estão disponibilizando maior quantidade de informações sobre os produtos e quanto mais referências o consumidor tiver para pesquisar, mais ele se identifica e efetiva a compra”, afirma.
No entanto, ainda são enfrentados alguns desafios no gerenciamento de toda a cadeia de compra. “O e-commerce está se popularizando e a atenção tanto com a entrega, quanto com o pós-venda, é cada vez maior. Além disso, uma das preocupações atuais de parte dos lojistas é de como ampliar os CEPs de entrega no território nacional para que todos esses novos consumidores do varejo online possam receber o atendimento completo após suas compras”, conclui.
A próxima edição do relatório Webshoppers, que trará os números do e-commerce em 2018 e a previsão para 2019, será divulgada no primeiro trimestre do ano.