Preços de produtos e falta de estoque impactam nas compras em farmácias

Hábitos de compra dos consumidores foram altamente impactados pela pandemia da Covid-19. Problemas financeiros causaram as principais mudanças.
Febrafar divulga tendências de consumo para 2022
Foto: freepik

Para entender os hábitos dos consumidores nas farmácias e drogarias, a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) divulgou os resultados de uma pesquisa realizada em novembro e dezembro de 2021. O levantamento ocorreu em parceria com o Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC) e com a Unicamp.

Ao todo, foram entrevistados quatro mil brasileiros, sendo a maioria da região Sudeste (51%), seguida por Nordeste (19%), Sul (17%), Centro-Oeste (8%) e Norte (5%). Os dados são relativos às compras realizadas em lojas de todos os grupos econômicos – associadas da Abrafarma, redes corporativas regionais, associadas da Febrafar, associações e franquias e farmácias independentes.

Confira as principais mudanças no comportamento de compra dos consumidores no último ano.

Cesta de compras

De 2020 para 2021, houve uma queda importante no ticket médio e na quantidade de produtos presentes na cesta dos compradores. Em 2020, a média de produtos comprados era três e o ticket médio R$ 54,01. No ano seguinte, respectivamente, 2,6 e R$ 43,71.

Dos entrevistados, 68% afirmaram que os medicamentos comprados tinham origem em prescrição médica, ainda que nem todos portassem a receita médica no momento da compra.

Fidelização do consumidor

De acordo com a pesquisa, o principal fator que contribui para a fidelização do cliente à uma farmácia é, sem dúvida, o preço (79,9%), seguido pela localização do estabelecimento (11,4%), estoque abastecido (4%) e ter o programa Farmácia Popular (2,4%) disponível.

Embora o preço seja decisivo na hora das compras, a maioria das pessoas não costuma pesquisar quais lojas possuem os melhores (84,7%). Uma parcela da população informou não ter pesquisado somente no dia da entrevista (9,5%) e uma minoria faz a pesquisa presencialmente (3,6%) e online (2,2%).

Outro dado relevante é que 86% dos entrevistados participam de algum programa de fidelidade e, desses, 62,9% estão em mais de um, comprovando a relevância das ações de fidelização do varejo farmacêutico.

Comportamento de compra

A grande maioria dos entrevistados afirmaram conseguir comprar todos os itens que planejam (80,7%), enquanto alguns compram parcialmente (7,4%) e outros não conseguem comprar nada (11,9%).

O principal motivo para terem deixado de fazer as compras são dificuldades financeiras (51,8%), mas também problemas com a falta de oferta dos itens desejados nas farmácias (47,9%).

Categorias mais compradas

Em relação às categorias de medicamentos mais compradas, os genéricos se destacam (29%), seguidos pelos de marca (23,9%), a combinação de genéricos e não medicamentos (9,9%), a união de genéricos, de marca e não medicamentos (6,7%), medicamentos e não medicamentos (6,6%) e não medicamentos (4,7%).

Troca de categorias

Aproximadamente 90,7% dos entrevistados conseguem comprar exatamente os medicamentos que desejam. Mas, quando há necessidade de trocar algum item, a principal mudança é de produtos de marca para genéricos. Essa decisão reflete o grau de confiança da população com os genéricos.

Para realizar a compra, 84,4% dos consumidores precisam de orientação dos atendentes para localizar os produtos que querem comprar.

Canal digital

Mais de 83,2% dos consumidores informaram que nunca compraram medicamentos pela internet ou por aplicativos. Cerca de 11,2% usam raramente essa opção, enquanto 5,6% a usam frequentemente. Contudo, os itens mais buscados online são roupas, eletrônicos e alimentos.

Mudança de hábito

A Covid-19 desencadeou muitas mudanças nos hábitos de compras da população – 73,7% afirmaram ter realizado alguma alteração nos últimos dois anos. Entre as principais, aparecem a redução de frequência de ida à farmácia (82,3%), compras pelo WhatsApp (22,7%) e pelo telefone (8,8%) ou ainda troca de farmácia (3,9%).

A pesquisa da Febrafar mostra que os novos hábitos deverão prevalecer depois que a parte mais preocupante da pandemia passar – 77,7% dos entrevistados planeja manter os novos hábitos, 14,3% ainda não sabem dizer e apenas 8% preferem voltar aos costumes de 2019.

Veja também:  10 tendências de consumo para 2022

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