Impactadas pelo aumento da inflação, as vendas no varejo retornaram ao patamar pré-pandemia em julho. Descontando a inflação, o aumento foi de 7,2%, em comparação com o mesmo mês de 2020. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelos varejistas, o Índice do Varejo Ampliado (ICVA) registrou alta de 21,6%.
O calendário também beneficiou o bom resultado – houve um sábado, dia forte para o comércio, a mais e uma quarta-feira, quando a movimentação é menor, a menos. Sem tais efeitos, o índice registrou alta de 6,5%, descontada a inflação. Com os ajustes do calendário, em termos nominais, o faturamento subiu 20,7%.
Os setores que mais contribuíram para a aceleração na passagem mensal foram os de bares e restaurantes e turismo e transporte. Na contramão, o de drogarias e farmácias tiveram desaceleração.
Em relação às regiões do país que mais cresceram, desconsiderando a inflação, a Nordeste foi a que teve maior alta (9,3%), seguida de Centro-Oeste (8,2%), Sul (7,2%), Sudeste (6,5%) e Norte (4,1%). Pelo ICVA nominal, Nordeste continua em primeiro lugar (24,2%), Centro-Oeste (22%) em segundo, seguida por Sudeste (20,6%), Norte (19,2%) e Sul (17,8%).
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, apontou alta de 8,99% no acumulado dos últimos 12 meses, com crescimento de 0,96% em julho. Os reajustes no preço da energia elétrica foram a principal causa do aumento do índice.
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