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Considerado o décimo tipo de câncer mais comum do mundo, o câncer de bexiga apresenta boas taxas de cura. Contudo, seu diagnóstico precoce é um desafio, já que os sintomas em fases iniciais se manifestam de forma branda e acabam sendo negligenciados.
O atraso na descoberta pode aumentar a possibilidade de o tumor avançar e se tornar metastático. “Essa conscientização é fundamental para alertar as pessoas a respeito da importância de identificar a doença em estágio inicial para que comecem o tratamento adequado o mais breve possível”, explica Paulo Lages, oncologista com foco em tumores geniturinários na Onco Vida, a convite da Janssen.
O especialista ressalta a importância de ficar atento aos sintomas e procurar ajuda médica assim que forem percebidos os primeiros sinais: “É preciso observar a urina e ver se há presença de sangue, além de atentar-se à dor ou queimação na hora de urinar e às mudanças nos hábitos urinários, tanto em relação ao fluxo, como vontade de urinar mesmo com a bexiga vazia e aumento na frequência de idas ao banheiro”.
Confira os principais mitos e verdades sobre a doença:
1 – Sangue na urina é o principal sintoma: VERDADE
O sangue na urina está presente em 90% dos casos de câncer na bexiga, porém não é o único sintoma. Outras manifestações incluem dor ao urinar, incontinência urinária, vontade frequente de urinar, cansaço, dor abdominal, dor lombar e perda de peso. Além disso, alterações na coloração, como alaranjada, vermelha brilhante ou rosa.
2 – Câncer de bexiga só acomete homens: MITO
Apesar da incidência maior em homens, as mulheres também podem apresentar o tumor. “Ainda que os homens continuem entre os pacientes mais prevalentes, a incidência da doença em mulheres vem aumentando nos últimos anos muito provavelmente por causa de mudanças no estilo de vida como tabagismo e ganho de peso”, diz o oncologista.
3 – Tabagismo é a principal causa: VERDADE
O tabagismo, muito associado ao câncer de pulmão, está presente em 50-70% dos casos de câncer de bexiga. Fumantes têm até quatro vezes mais chances de apresentar a doença em comparação aos indivíduos que não fumam.
4 – Todos os cânceres de bexiga são iguais: MITO
O câncer de bexiga é causado por diversas mutações genéticas que variam de pessoa para pessoa. Um em cada cinco pacientes com metástase tem alteração no gene FGFR, por exemplo. Trata-se de uma família de receptores que, quando sofrem alterações genéticas, levam a um pior prognóstico, acelerando o crescimento e a sobrevivência do tumor.
“Por isso o médico deve pedir um teste, cujo resultado indicará exatamente em qual gene é a alteração, o que consequentemente, fará o paciente ser encaminhado para o tratamento mais apropriado”, explica Paulo.
5 – Câncer de bexiga tem cura: VERDADE
Como a maioria dos cânceres, o de bexiga tem cura, principalmente se for detectado no início. “O diagnóstico precoce é muito importante para aumentar as chances de cura, por isso deve-se procurar ajuda especializada desde os primeiros sintomas. A partir do relato do paciente, o médico investiga a presença da doença por meio de exames e, dependendo da agressividade, é possível fazer a remoção do tumor via cirurgia, aumentando muito as chances de cura”, conclui o especialista.
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